Validade de construto e confiabilidade da Self-Efficacy in Infant Care Scale – versão brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Maria Clarissa Ferreira de
Orientador(a): LEAL, Luciana Pedrosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39429
Resumo: Os procedimentos necessários à construção e validação de instrumentos são bastante rigorosos, a fim de garantir sua confiabilidade e que realmente avaliem aquilo a que se propõem. As escalas que mensuram a autoeficácia dos cuidados à criança, como a Self Efficacy in Infant Care Scale - SICS, são ferramentas facilitadoras do processo de investigação do enfermeiro, pois permitem identificar a qualidade dos cuidados ofertados. No Brasil, essa escala foi traduzida e teve seus elementos adaptados à realidade cultural do país, além de ter sido submetida a validação de conteúdo, seguindo os procedimentos cientificamente adotados para a validação de instrumentos. Para que a SICS seja utilizada, por profissionais brasileiros, é necessário concluir a avaliação de suas características psicométricas. O objetivo do estudo foi avaliar a validade do construto e a confiabilidade da Self - efficacy in Infant Care Scale (SICS) – versão brasileira. A pesquisa desenvolvida é um estudo metodológico, executado nas Unidades de Saúde da Família pertencentes ao Distrito Sanitário IV do município de Recife-PE. A amostra foi composta por 215 mães sorteadas, a partir das listas de cadastro das consultas de puericultura, que referiram ser as responsáveis pelos cuidados prestados aos seus filhos de zero a 12 meses. A coleta dos dados foi realizada em duas etapas, o teste e o reteste, respectivamente. As mulheres foram convidadas a participar do estudo no dia agendado para a consulta de puericultura. Os instrumentos utilizados foram a versão traduzida e adaptada para o português da SICS e um formulário sócio demográfico. As entrevistas ocorreram na unidade, ou no domicílio da mãe, de acordo com a sua preferência. Os dados coletados foram digitados em dupla entrada, armazenados e analisados pelo software IBM-SPSS for Windows, versão 21.0. Houve a execução dos procedimentos analíticos referentes a validação de construto, a partir da análise fatorial confirmatória e a confiabilidade do instrumento, por meio do Coeficiente Alfa de Cronbach e o Coeficiente de Correlação Intraclasse. Todos os aspectos éticos foram respeitados, conforme a Resolução 466/12 e suas complementares. A análise fatorial confirmatória revelou que a versão original da SICS não possuía valores satisfatórios (χ2 582, 626 p < 0,001; TLI 0,681), havendo a necessidade de retirar alguns itens para que a escala se tornasse adequada (RMSEA: 0,055; SRMR: 0,071). O modelo final apresenta 20 variáveis, distribuídas em quatro fatores. Possui boa consistência interna (α 0,85) e os coeficientes de correlação intraclasse foram significativos. A SICS – versão brasileira é um instrumento válido e confiável para mensurar a autoeficácia materna nos cuidados a crianças de zero a 12 meses, porém a sua versão final apresentou melhores ajustes na análise fatorial confirmatória do que o seu modelo com 43 itens.