O aprendizado de regras morfológicas de ortografia: a evolução das crianças e os efeitos de intervenções didáticas com o uso de jogos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ALMEIDA, Tarciana Pereira da Silva
Orientador(a): MORAIS, Artur Gomes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31733
Resumo: A presente pesquisa objetivou investigar a aprendizagem das regras morfológicas da ortografia da língua portuguesa, a partir de um ensino reflexivo com uso de jogos ortográficos, verificando os efeitos do emprego desse recurso didático. Nela são apresentados dois estudos. O Estudo 1 objetivou: a) verificar quais as principais dificuldades ortográficas relacionadas às regras morfológicas de alunos de 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental em duas escolas, uma pública e a outra privada e; b) verificar como a escolaridade e a origem sociocultural têm implicações sobre o domínio dessas regras. Ele consistiu na aplicação de um ditado lacunado a 90 crianças para verificar a escrita de 16 sufixos de derivação e 12 desinências verbais. O Estudo 2, teve como objetivos: a) verificar o efeito de intervenções didáticas com uso de jogos de ortografia na aprendizagem de regras morfológicas; b) acompanhar o rendimento ortográfico dos alunos dos 4ºs anos de duas escolas, quanto ao aprendizado de algumas regras morfológicas e ; c) analisar se havia diferenças entre as mediações do ensino com jogos realizadas por docentes com diferentes níveis de conhecimentos sobre o ensino da ortografia. Houve aplicação de pré-teste e, após sessões de jogos, de pós-testes imediato e retardado. Observou-se, no Estudo 1, que algumas regras mostravam-se mais difíceis que outras. Os sufixos derivacionais mais difíceis foram EZ, ÊS, EZA e ENSE, e os morfemas verbais mais difíceis foram o SSE (1ª e 3ª conjugações), AR (infinitivo da 1ª conjugação) e o ÃO (nas 2ª e 3ª conjugações). Os dados sugeriram que há interferência da origem sociocultural na aprendizagem das regras morfológicas e que há algum efeito da escolaridade apenas na escola pública . No Estudo 2, encontramos evidências que sinalizam para o fato de que as intervenções didáticas com o uso de jogos favoreceram o aprendizado da ortografia de regras morfológicas. Os dados sugerem, ainda, que não há muita diferença no resultado das aprendizagens a partir da mediação de docentes com níveis distintos de compreensão da organização da norma ortográfica e que as condições vivenciadas pela turma podem interferir no aprendizado. Há indícios de que crianças em hipótese silábico-alfabética são capazes de fazer reflexões e construir aprendizagens sobre as regras morfológicas.