A insustentável leveza do ter : consumismo como externalidade negativa no Brasil pós-abertura comercial (1990-2008)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Chaves Barreto Ferreira, Hugo
Orientador(a): Policarpo Rodrigues Lima, João
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4587
Resumo: Este estudo foi concebido no intuito de investigar os padrões de consumo e sua relação com os níveis de inadimplência e de endividamento para a população de baixa renda. Para além do modelo racional clássico, caracterizado pela figura do homo oeconomicus, defendeu-se que as decisões dos consumidores com menor poder aquisitivo não podem ser classificadas como racionais, pois não avaliam as conseqüências futuras advindas do endividamento progressivo. A metodologia de pesquisa foi conduzida a partir do levantamento de dados primários e secundários sobre o mercado de crédito brasileiro; os indicadores de endividamento e inadimplência; os rendimentos e despesas médias familiares por classe; o comprometimento da renda familiar; e a distribuição percentual das despesas por classe de rendimento, de acordo com as três últimas Pesquisas de Orçamentos Familiares do IBGE. Em função dos resultados encontrados, foi possível esboçar as mudanças estruturais ocorridas nos hábitos de consumo da população brasileira. Essas informações sugeriram de forma minimamente aceitável uma lógica desfavorável para a relação entre concessão de crédito, comprometimento de renda e os níveis de endividamento e inadimplência como externalidades negativas do consumo, as quais intuitivamente implicariam numa tendência em prol da manutenção das desigualdades no Brasil ao longo do período pós-abertura comercial