Erupções pápulo-foliculares pruríticas em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV): descrição clínico-patológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SILVA, Cláudia Elise Ferraz
Orientador(a): SILVEIRA, Vera Magalhães da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18504
Resumo: As erupções pápulo-foliculares pruríticas são manifestações cutâneas comuns em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana(HIV), contudo pela semelhança clínica entre essas afecções, o diagnóstico dermatológico específico representa um desafio na prática clínica. Diversas dermatoses parecem estar envolvidas, como a foliculite eosinofílica associada ao HIV e a erupção pápulo-prurítica do HIV, além de erupções inespecíficas da pele como foliculites supurativas bacterianas, foliculite pitirospórica, demodicidose, escabiose e reações a drogas. Esta pesquisa objetivou verificar a frequência das dermatoses relacionadas às erupções pápulo-foliculares pruríticase descrever suas características clínicas e anatomopatológicas, em pacientes infectados pelo HIV/aids. O estudo foi prospectivo, observacional, descritivo, tipo série de casos, envolvendo 36 pacientes infectados pelo HIV/aids que apresentavam erupções pápulo-foliculares ativas, atendidos em hospital de referência em HIV/aids em Pernambuco, no período de outubro de 2011 a fevereiro de 2012. Cada participante foi examinado por dermatologista e submetido a um questionário com dados demográficos, dermatológicose de contagem de células T CD4. Biópsia de lesão de pele recente foi realizada e avaliada por dermatopatologista. Dos36 pacientes estudados, 24 (66,7%) apresentavam erupção pápulo-prurítica do HIV,4 (11,1%) foliculite bacteriana, 3 (8,3%) foliculite eosinofílica associada ao HIV, 2 (5,6%) foliculite pitirospórica, 2 (5,6%) miliária rubra e 1 (2,8%) erupção por droga. O diagnóstico baseou-se em características anatomopatológicas. Lesões em diferentes estágios de desenvolvimento foram observadas em um mesmo paciente, desde recentes até quadros de hipo e hiperpigmentação pós-inflamatória. A distribuição da erupção envolveu a face, tronco e membros, com algum predomínio de acordo com o diagnóstico. A média da contagem de células CD4 foi de 113,5 células/mm3. Os resultados da pesquisa demonstram que a distinção da dermatose baseada no exame clínico é difícil, sendo a biópsia de pele importante instrumento para o diagnóstico correto da dermatose subjacente.