Paisagem e contra-hegemonia no sudoeste do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SANTANA, Gabriel Augusto Coêlho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33416
Resumo: A pesquisa objetiva compreender a produção das paisagens pelos agentes produtores do espaço urbano no Sudoeste do Recife, tendo como suporte empírico para a discussão a construção de empreendimentos por agentes imobiliários, as intervenções do Estado como proponente de projetos e mediador da relação entre os agentes e as populações que interagem com a área pelo acesso à moradia. Compreendendo as paisagens como maneiras de ver, articulam estas a materialidade das formas e sua leitura pelos observadores, na medida em resultam da observação da materialidade e são subjetivamente interpretadas conforme os referentes ideológicos de quem observa. Para discutir a relação que as contradições do espaço urbano possuem com a dimensão subjetiva existente entre população e cidade, reivindicamos uma abordagem crítica da paisagem, aproximando-nos da Geografia Cultural Radical e articulando conceitos como valor de uso e de troca, estética da mercadoria, cultura dominante e popular. Nesse sentido, a produção das maneiras de ver pelos agentes hegemônicos da cidade tem na paisagem um instrumento para a realização do valor de troca, uma estética das mercadorias urbanas, uma vez que são tais projeções instrumentos para comunicar uma experiência de sustentabilidade, mobilidade e conforto na cidade consonante com referentes ideológicos da cultura dominante. Em contraposição as paisagens que reproduzem a cultura dominante, estariam aquelas em cujo valor de uso predomina sobre o valor de troca, expressando prioritariamente através da paisagem as relações de moradia e vivências cotidianas.