Paisagem e contra-hegemonia no sudoeste do Recife
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33416 |
Resumo: | A pesquisa objetiva compreender a produção das paisagens pelos agentes produtores do espaço urbano no Sudoeste do Recife, tendo como suporte empírico para a discussão a construção de empreendimentos por agentes imobiliários, as intervenções do Estado como proponente de projetos e mediador da relação entre os agentes e as populações que interagem com a área pelo acesso à moradia. Compreendendo as paisagens como maneiras de ver, articulam estas a materialidade das formas e sua leitura pelos observadores, na medida em resultam da observação da materialidade e são subjetivamente interpretadas conforme os referentes ideológicos de quem observa. Para discutir a relação que as contradições do espaço urbano possuem com a dimensão subjetiva existente entre população e cidade, reivindicamos uma abordagem crítica da paisagem, aproximando-nos da Geografia Cultural Radical e articulando conceitos como valor de uso e de troca, estética da mercadoria, cultura dominante e popular. Nesse sentido, a produção das maneiras de ver pelos agentes hegemônicos da cidade tem na paisagem um instrumento para a realização do valor de troca, uma estética das mercadorias urbanas, uma vez que são tais projeções instrumentos para comunicar uma experiência de sustentabilidade, mobilidade e conforto na cidade consonante com referentes ideológicos da cultura dominante. Em contraposição as paisagens que reproduzem a cultura dominante, estariam aquelas em cujo valor de uso predomina sobre o valor de troca, expressando prioritariamente através da paisagem as relações de moradia e vivências cotidianas. |