Subjetivações femininas na meia-idade: a vivência da menopausa na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: GUERRA, Juliana de Farias Pessoa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28411
Resumo: A menopausa tem como marco biopsicossocial o envelhecimento feminino. Partimos da premissa de que a menopausa deve ser entendida como um fenômeno sociológico, que vai além do viés orgânico, cujo sofrimento é potencializado devido a fatores externos característicos da sociedade contemporânea, como aceleração da vida cotidiana, mito da “eterna” juventude, menosprezo da emoção feminina e desvalorização social em função do avanço da idade, no contexto da sociedade patriarcal. A menopausa é frequentemente atrelada a tabus que englobam uma visão depreciativa baseada nas ideias de envelhecimento e de patologização do fenômeno, com consequente medicalização. Com o intuito de compreender a constituição de um sentido de self no processo de subjetivação feminina, a partir do arcabouço teórico da sociologia do corpo e da emoção, foram entrevistadas doze mulheres, de diferentes classes sociais. Ao avançar no debate sociológico acerca da dialética entre o indivíduo e a sociedade, e o lugar das emoções e do simbólico na relação com o corpo feminino, é possível defender o protagonismo da subjetividade na meia-idade feminina diante dos processos de mudanças sociais, já que essas dimensões humanas estão intrinsecamente ligadas.