Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
MAIA, Camila Gomes de Freitas |
Orientador(a): |
COSTA FERNANDEZ, Elaine Magalhães |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34653
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Resumo: |
A Psicologia é uma ciência cuja identidade é conferida por um mosaico teórico-conceitual em permanente tensão e movimento. Apesar da complexidade e diversidade teórica, a práxis do psicólogo é marcada por representações associadas às intervenções clínicas frequentemente exercidas em consultório particular, em atendimento individual e baseadas no modelo biomédico. Focados, em geral, no diagnóstico, tratamento e prognóstico de problemas intrapsíquicos, os métodos de intervenção são, de um modo geral, descontextualizados das condições sócio-históricas dos indivíduos. Todavia, os movimentos sociais da década de 1980, a nova Constituição Federal de 1988 e a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) permitiram uma abertura no campo profissional dos psicólogos que passaram a atuar em instituições públicas numa concepção interdisciplinar que permite a construção de uma práxis contextualizada e historicizada, possibilitando a formulação de um saber crítico-reflexivo sobre a realidade e o indivíduo. Perspectiva que tem influenciado o campo do judiciário, em especial, a área da Infância e Juventude nele existente. Tais práticas lançam novos desafios ao saber-fazer da Psicologia, enquanto ciência e profissão. Refletimos se essas novas práticas profissionais podem constituir novas identidades profissionais dos psicólogos. Nossa reflexão se apoia no paradigma da Psicologia Sócio-Histórica que percebe a realidade social e histórica como referências constitutivas do fenômeno psicológico. Portanto, falar do fenômeno psicológico é obrigatoriamente falar da sociedade, da subjetividade e da objetividade em que vivem os homens. A partir do método qualitativo, realizamos entrevistas semiestruturadas com a participação de oito psicólogos que atuam no âmbito da Justiça da Infância e Juventude do Recife, no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A análise dos dados seguiu as etapas da análise de conteúdo. Os resultados obtidos indicam que a identidade profissional dos referidos psicólogos está em permanente construção frente às especificidades do campo institucional e das novas práxis no exercício da profissão. |