Um estudo sociolinguístico dos requisitos de apoio discursivo utilizados por pessoas do sertão do Pajeú – Pernambuco
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32771 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo identificar e analisar os Marcadores Conversacionais, mais especificamente os Requisitos de Apoio Discursivo, uma das nove categorias dos marcadores propostas por Macedo e Silva (1996), utilizados por pessoas da região do Sertão do Pajeú, em Pernambuco, observando se variáveis sociais como gênero, escolaridade, idade e localidade, assim como, se variáveis internas à língua, como a entonação interrogativa, a massa fônica, a classe de palavra que originou e a classe de palavra que antecede o marcador influenciam no uso das variantes destes elementos. Além disso, objetivamos também, observar se, nos dados coletados, há outras variantes para a variável estudada, além das formas já apresentadas em estudos anteriores com outras comunidades de fala.Para tanto, fazemos uma breve discussão acerca dos Marcadores Conversacionais, objetivando expor e tornar mais conhecido o fenômeno que será analisado. Esta discussão é realizada com base nos trabalhos de Marcuschi (1989), Macedo e Silva (1996), Castilho (2004) e (2016), Valle (2001), Freitag (2008) e Risso, Silva e Urbano (2015), além destes estudos, temos como base a pesquisa realizada por Alcântara (2015), tendo em vista que este estudo foi realizado em uma comunidade de prática pertencente à comunidade de fala aqui estudada e, com base nos resultados alcançados, aponta que é possível que haja formas específicas que despenham a função de Requisitos de Apoio Discursivo na fala dos sertanejos. O presente estudo está baseado no arcabouço teórico-metodológico da Sociolinguística, mais precisamente, da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]),pois esta teoria parte do principio de que a língua deve ser analisada em situações reais de uso, uma vez que é nesse contexto em que a variação linguística se manifesta. Sendo assim, baseados nos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista, realizamos a coleta e a análise dos dados de fala. Os dados foram obtidos por meio de entrevista gravadas com 54 os informantes de três municípios do Sertão do Pajeú: Serra Talhada, São José do Egito e Triunfo. Após a coleta de dados, autorizada pelo Comitê de Ética Institucional,realizamos a seleção, a transcrição e a análise dos dados coletados, por meio desta, chegamos aos seguintes resultados: há formas que parecem ser comuns na região do Sertão do Pajeú e que não aindaforam descritas em estudos realizados em outras comunidades, como, por exemplo, as variantes hein? visse?, tá ligado?, num sabe?, num é? e certo?, visto que, em análises feitas em outras regiões, estas variantes não foram mencionadas como presentes na fala dos informantes. Da mesma forma, há variantes que parecem ser típicas não apenas da comunidade de fala, mas de localidades que integram esta comunidade de fala, como, por exemplo, a forma visse? em São José do Egito.Além disso, as análises realizadas a partir das variáveis sociais selecionadas, a saber: gênero, localidade, escolaridade e faixa-etária apontaram que alguns destes fatores como, por exemplo, a faixa-etária, pode condicionar o uso dos Requisitos de Apoio Discursivo, pois as pessoas mais jovens parecem que usam menos estes elementos. |