Nação, raça e miscigenação no Brasil moderno : uma análise hermenêutica dos ensaístas da formação da nacionalidade brasileira, 1888-1928

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: COSTA, Jean Carlo de Carvalho
Orientador(a): WEBER, Silke
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9817
Resumo: Seguindo as reflexões contemporâneas, na Teoria Social, relativas à questão nacional , o 5 objetivo desta tese é demonstrar o valor da idéia de nação na sociedade moderna e o 6 modo como a noção de raça adquiriu importância nas inquietações relativas à formação 7 da nacionalidade na modernidade de fins do século XIX. Neste sentido, concepções 8 relativas às idéias de nação e raça na teoria social clássica (Max Weber e Marcel 9 Mauss) e contemporânea (Norbert Elias, Ernest Gellner, Benedict Anderson e Anthony 10 Smith) foram revisitadas, articulando-as conforme a interpretação selecionada. Por 11 conseguinte, este estudo considera a nação, na esteira da teoria de Anthony Smith, um 12 conceito mítico-simbólico de relativa importância na atualidade, e raça um dos 13 símbolos essenciais que o compõem, exercendo centralidade fundante no seu 14 entendimento. O trabalho dedica especial atenção ao enlace desses elementos no caso 15 brasileiro; assim, situa-se no intervalo histórico que compreende o final do século XIX e o 16 início do século XX, período de epistemologização das idéias de raça e nação , 17 tendo em seu eixo analítico os principais Ensaios histórico-sociais produzidos pelos 18 intérpretes do Brasil que tiveram como um dos objetivos articular raça e 19 nacionalidade ; são eles Sílvio Romero (1851-1914) e o seu História da Literatura 20 Brasileira (2001 [1888]), Euclides da Cunha (1866-1909) e o clássico Os Sertões 21 (2001 [1902]), Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906) e a sua tese da degeneração 22 racial , Manoel Bomfim (1868-1932), através de seu atualíssimo América Latina - males 23 de origem (1993 [1905]) e de sua noção de parasitismo , Oliveira Vianna (1883-1951) 24 e a sua tese do Arianismo e, finalmente, Paulo Prado (1869-1943), em seu breve mas 25 instigante Retrato do Brasil (1997 [1928])