Quando Vai Falar de IDEPE, Você Fala de Bônus” – As Influências do Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE) Nas Escolas Estaduais
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16024 |
Resumo: | O presente trabalho versa sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE), componente do Programa de Modernização da Gestão Pública – Metas para Educação (PMGP/ME) e parte da seguinte problematização: quais as influências do Programa de Modernização da Gestão Pública no que se refere à avaliação educacional e ao Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco nas escolas da rede estadual? Assim, a pesquisa tem como objetivo analisar o IDEPE, como componente da política de avaliação educacional de Pernambuco, e suas influências nas escolas da rede estadual. Especificamente buscou analisar o discurso presente no Programa de Modernização da Gestão Pública no que se refere à relação entre avaliação educacional e a qualidade da educação no estado de Pernambuco, e analisou, também, o discurso dos profissionais que atuam na escola acerca das implicações e das influências do IDEPE. Partiu-se do pressuposto que o IDEPE influencia o trabalho da escola como um todo, trabalho esse que está voltado para os resultados dos índices. A fim de dar conta dos objetivos traçados, foi realizada a análise dos documentos que tratam a respeito do IDEPE; além de entrevistas semiestruturadas realizadas com professores e gestores que atuam em seis municípios (Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Moreno e São Lourenço da Mata) que fazem parte da Gerência Regional da Educação Metro Sul. Para o tratamento dos dados, essa pesquisa se baseou na proposta teórico-analítica de Fairclough (2001), a Análise de Discurso Textualmente Orientada (ADTO), a qual leva em consideração a análise textual, a prática discursiva e a prática social. No que se refere aos documentos, os dados apontaram que o discurso governamental defende que haja investimentos na educação com a finalidade de contribuir para o crescimento econômico de Pernambuco. Também colocam os professores e os gestores como responsáveis pelo sucesso ou fracasso no desempenho dos estudantes nas avaliações do Sistema de Avaliação de Educação Básica de Pernambuco (SAEPE), bem como inserem na escola a cultura gerencial e meritocrática, numa clara assunção de política de responsabilização. O discurso dos sujeitos entrevistados revela as influências da política governamental no cotidiano das escolas, sejam elas na importância dada ao IDEPE, e a determinadas áreas do conhecimento (Português e Matemática, via SAEPE), além do aumento de trabalhos burocráticos realizados pelos profissionais da escola. O estudo revelou também que a partir da implantação do IDEPE e do Bônus de Desempenho criou-se uma cultura de competição e atrelado a isso o rankiamento entre as escolas. Diante desse fato, professores e gestores passam a trabalhar em função do Bônus. Em suma, percebeu-se que essa “nova” política implementada no governo de Eduardo Campos proporcionou uma mudança discursiva nos padrões de ação educacional em Pernambuco, o que não significa afirmar que tal mudança contribuiu positivamente para a educação, principalmente no que se refere ao trabalho dos professores e dos gestores. |