Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, Priscila Lopes de |
Orientador(a): |
MINEIRO, Imara Bemfica |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55263
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Resumo: |
Sob a luz da teoria do novo romance histórico proposta por Fernando Aínsa (1993), proponho a análise do novo romance histórico como subgênero literário, que trabalha as histórias centralizadas na América Latina através de um olhar para narrativas concentradas no continente, dando voz aos sujeitos que outrora foram esquecidos ou deturpados pela história, mas que tiveram suas vozes emergentes através da Literatura e dos Estudos Culturais na América Latina e no mundo. O presente trabalho pretende abordar a obra da romancista mexicana Laura Esquivel chamada Malinche (2006), que narra a história da indígena de etnia Nahua colonizada pelos espanhóis e obrigada a trabalhar como sua intérprete. A figura da indígena foi deturpada durante anos na história do México por questões políticas e de gênero, mas a abordagem central da investigação mantém a ideia de que Malinche não passava de uma mulher que, como tantas outras indígenas, foi duplamente colonizada, tendo seu corpo e sua culturalidade invalidados pelos conquistadores. Para elucidar as questões de gênero que serão levantadas ao longo do texto, trabalharei com María Lugones (2014), que propõe abordar as violências de gênero impostas às mulheres colonizadas durante o período de invasão à América Latina, e Rita Segato (2014), que nos elucida sobre as divisões patriarcais acometidas a essas mesmas mulheres (em especial as indígenas) antes da chegada dos colonizadores, e de como esse sistema pré-patriarcal (Segato, 2014) foi alterado devido à chegada dos espanhóis. Ainda sobre as discussões voltadas às questões de gênero, para fundamentar teoricamente o tema proposto, que é “a dupla colonização da mulher indígena na conquista das Américas”, será trabalhado o conceito de dupla colonização proposto por Thomas Bonnici (2004), onde o pesquisador nos elucida sobre o que seria o conceito de dupla colonização e como esse conceito se fundamenta neste trabalho. Além disso, as pesquisadoras Maria Mies (1986) e Verônica Gago (2020) também são citadas para apresentar o conceito de corpo-território e compor a banca de estudos feministas, Ivan Jablonka (2017), Rebecca Kay Jager (2015) e demais para compor os estudos historiográficos no último capítulo. |