O processo de transformação da comunicação entre terapeuta e paciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Ana Cláudia Alves da
Orientador(a): Lyra, Maria C. D. P.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11228
Resumo: Neste estudo partimos da compreensão de que as trocas executadas entre terapeuta e cliente em processo psicoterapico podem ser compreendidas como um sistema de comunicação(Fogel, 1993; Fogel & Lyra, 1997). Baseando esta concepção, tomamos como paradigma teórico a ideia de que relações interpessoais podem ser metaforicamente entendidas como sistemas de comunicação em processo de desenvolvimento. Estes sistemas geram significados para seus participantes e transformam tanto a relação estabelecida entre eles, como os indivíduos participantes, em si (Lyra & Fogel, 1997). Uma segunda premissa neste estudo é que trocas de comunicação podem ser descritas como sendo organizadas, ao longo do tempo, em padrões de organização que emergem como estados atratores ao longo de diversos processos de comunicação, dentre eles as trocas entre terapeuta e cliente (Fogel, 1993; Lyra, 2006a,b). A compreensão destes padrões é importante para entender como os processos de mudança fluem em diferentes contextos de relação. Entendendo esta premissa, buscamos por padrões de organização num processo psicoterápico de um casal, num formato breve de 10 seções psicoterápicas videografadas. Aplicamos o método microgenetico (Lavelli & cols., 2005), oriundo dos estudos do desenvolvimento da comunicação no inicio da vida. Como resultado, encontramos três padrões de organização da comunicação: estabelecimento de temática, exploração de temática e co-construção de significado. Estes padrões revelam um processo em que terapeuta e clientes mudam, estabelecendo um processo criativo que permite a emergência de novos significados.