As bases morais da desigualdade social : uma investigação teórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: BAHIA, Vitor Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57518
Resumo: A desigualdade social, sobretudo em sua dimensão econômica, se tornou um lugar-comum das discussões políticas na última década. Geralmente considerada como o grande desafio do nosso tempo, superá-la seria o principal caminho para reduzir as injustiças sociais. No entanto, embora esteja quase sempre relacionada a essa dimensão normativa da vida societária, o debate sobre seus aspectos morais tem se limitado à ideia de que a desigualdade suscita questões de justiça/injustiça. O presente trabalho parte de um pressuposto diferente: as bases morais da desigualdade constituem parte fundamental da produção, reprodução, estruturação e justificação das desigualdades sociais contemporâneas. Com isso, o objetivo é investigar os aspectos morais da desigualdade em seus diversos níveis: seus fundamentos filosóficos, sua relação com o desenvolvimento da Economia e sua dimensão propriamente sociológica. Como resultado desta investigação teórica, identificamos a moralidade da desigualdade como: a) justificativa filosófica para pressupostos igualitaristas; b) mecanismos teóricos, políticos e metodológicos do desenvolvimento da Economia enquanto disciplina científica; c) parte fundamental das relações de classe, raça e gênero; d) elemento subjetivo das experiências de mobilidade social; e) mecanismos de produção da desigualdade durável; f) aspecto central da produção de sentimentos e tipos emocionais da desigualdade; g) dimensão elementar da meritocracia enquanto sistema de justificação e negação das desigualdades.