Liderança e autonomia nas novas formas de organização do trabalho: uma análise de empresas de tecnologia da informação em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Conceição Neto, Vera Lúcia da
Orientador(a): Moura, Guilherme Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16188
Resumo: Esta tese analisou como se estrutura a autonomia dos liderados na relação estabelecida com seus líderes na nova organização do trabalho, especificamente em duas empresas de TI em Pernambuco. As novas formas de organização do trabalho (NFOT) articulam o discurso de que as empresas de TI, por possuir ambientes mais flexíveis, adotam uma estrutura orgânica com melhores condições no local de trabalho, liderança funcionalmente eclética e participativa horizontalmente, divisão do trabalho flexível, adoção do poder compartilhado na sua prática que favorecem a autonomia no trabalho. Portanto, esta tese apresenta uma construção teórica e empírica que visou o entendimento da liderança e da autonomia nas NFOT. Seu objeto de estudo foi os líderes intermediários (supervisores, coordenadores, encarregados) e os seus liderados. A abordagem é qualitativa de perspectiva construcionista que contemplou a análise crítica do discurso. Optou-se por um estudo comparativo entre duas empresas de TI que averiguou as convergências e as divergências nas suas práticas. Concluiu-se que numa mesma organização as práticas flexíveis da liderança podem coexistir com as práticas tradicionais de controle burocrático. A autonomia não está isenta dos conflitos e das tensões no ambiente de trabalho, e apesar de existir choques com os procedimentos e as políticas da estrutura e das relações de poder, ela se realiza e acontece. O líder principal por meio da sua personalidade impõe uma estrutura de NFOT que permite o engajamento de poder e a vivência da autonomia na prática. Por outro lado, constatou-se que as organizações indicadas como NFOT nem sempre permitem a autonomia, sendo mais um processo evolucionário da burocracia disfarçado de NFOT.