Alimentação do Beijupirá (Rachycentron canadum Linnaeus, 1766) Cultivado Com Resíduos do Processamento de Camarão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: COSTA-BOMFIM, Carolina Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12155
Resumo: Na presente tese foi analisada a utilização de resíduos do processamento de camarão como ingrediente em dietas para o beijupirá Rachycentron canadum, espécie de peixe marinho nativo da costa brasileira. O conhecimento sobre o uso de resíduos de crustáceos em dietas para peixes marinhos é inicialmente apresentado com o objetivo de definir o plano de fundo em que esta tese se insere. O primeiro estudo, além do desenvolvimento da metodologia a ser aplicada nos estudos subsequentes, demonstra que a frequência diária de fornecimento do alimento (1, 2, 3, 4 e 6 refeições/dia) não afeta o desempenho produtivo (ganho de peso, consumo, conversão alimentar, taxa de crescimento específico e sobrevivência) de beijupirás com peso superior a 110 g. Os estudos posteriores se basearam na produção, por meio de autólise enzimática, de um hidrolisado de camarão bruto (SPH), o qual, após centrifugação, resultou em um sobrenadante (hidrolisado de camarão centrifugado, CSPH) e um precipitado (carotenoproteína). Estes três produtos foram caracterizados quanto à composição centesimal e perfis de aminoácidos e de ácidos graxos. Foram estimados, ainda, os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) do CSPH para o beijupirá. Posteriormente, foram analisados o desempenho produtivo, composição nutricional (proteína bruta, lipídios totais, extrato não nitrogenado, cinzas, umidade, aminoácidos e ácidos graxos), taxa de eficiência proteica, taxa de eficiência econômica e índice de lucro econômico de juvenis de beijupirás alimentados com dietas com níveis crescentes de CSPH (0, 12, 24 e 36% da proteína das dietas). Também foram determinadas as atividades enzimáticas digestivas proteolíticas do ceco, estômago e intestino destes animais. SPH, CSPH e carotenoproteína apresentaram alto conteúdo proteico e perfil de aminoácidos similar à farinha de peixe, principal ingrediente proteico em dietas para peixes marinhos. O CDA da proteína do CSPH para juvenis de beijupirás foi superior a 90%. Os beijupirás alimentados com dietas com 12% CSPH apresentaram maior desempenho produtivo e menor custo. As maiores atividades enzimáticas proteolíticas foram registradas nos peixes alimentados com a dieta contendo 24% CSPH. Diante desses resultados, recomenda-se que a inclusão de CSPH em dietas para o beijupirá não exceda 12% do conteúdo total de proteína bruta.