Heidegger versus Gadamer : o conceito de história efeitual e a historicidade do Dasein

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BARBOSA, Magaly do Carmo
Orientador(a): SENA, Sandro Márcio de Moura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35277
Resumo: A presente dissertação tem por compromisso investigar, a partir do conceito de história efeitual (Wirkungsgeschichte) – desenvolvido pela hermenêutica de Hans-Georg Gadamer – e do conceito de historicidade do Dasein (Geschichtliches) – constante na análise fenomenológica elaborada por Martin Heidegger –, a possibilidade da emersão de dois caminhos hermenêuticos que, embora se tangenciem em determinados aspectos, possuem desfechos um tanto quanto reversos. Para tanto, o texto encontra-se estruturado em quatro segmentos. Apresenta-se, a título de introdução, os possíveis caminhos hermenêuticos que desembocam na problemática a ser tratada no texto, a saber: como a historicidade do Dasein, fincada na temporalidade ekstática, difere, em alguns instantes, da história continuamente influente, tal qual proposta pela hermenêutica gadameriana. Em seu desenvolvimento, ele se divide em dois capítulos. No capítulo inaugural, busca-se estabelecer as principais nuances da hermenêutica gadameriana e o seu compromisso com o passado, desembocando numa consciência histórica e na constância de uma história efeitual. O capítulo sequencial, por sua vez, centraliza seus fundamentos na demonstração de como a temporalidade ekstática funda o caráter histórico do Dasein e, em que medida, torna-se possível a formação da história. Por derradeiro, demonstra, efetivamente, a possibilidade de se obter diversas compreensões hermenêuticas a partir dos conceitos de história destrinchados nas linhas precedentes. Por fim, percorrido todo este caminho, conclusivamente tecer-se-ão breves considerações acerca das possíveis implicações que tal interpretação pode oferecer para a hermenêutica fenomenológica e, consequentemente, algumas contribuições que este trabalho pode ensejar no aprofundamento da compreensão sobre a hermenêutica filosófica traçada tanto por Hans-Georg Gadamer quanto por Martin Heidegger.