Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
BAKKE, Hanne Alves |
Orientador(a): |
SARINHO, Silvia Wanick |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15053
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi adaptar e validar o Movement Assessment Battery for Children-2 (MABC-2) para crianças com baixa visão. Para isso, a pesquisa foi desenvolvida em três etapas: 1) tradução, validação e análise das propriedades psicométricas do MABC-2 (7 a 10 anos); 2) levantamento das dificuldades das crianças com baixa visão durante a aplicação do teste e adaptação; e 3) aplicação e validação do MABC-2 adaptado. O processo de tradução foi composto por quatro fases: tradução, retro-tradução, avaliação por comitê e validação de face e incluiu o Registration Form e os capítulos 2 e 3 do manual. Participaram da primeira etapa do estudo 32 crianças normovisuais de uma escola municipal de Recife (PE). Em seguida, a versão em português aprovada foi aplicada em 10 crianças com baixa visão com o intuito de levantar as suas dificuldades durante o teste e as propostas das modificações. Após a aprovação da versão adaptada, o teste foi aplicado em 30 crianças com baixa visão, do estado de Pernambuco. A acuidade visual para longe destas crianças era 6/18> x ≥3/60 no melhor olho com a melhor correção. Todas as crianças tinham idades entre 7 e 10 anos e não possuíam nenhum distúrbio associado. O processo de tradução resultou em uma versão com boa aceitação pelos profissionais. Considerando a classificação quanto à dificuldade de movimento, o CCI inter-avaliador variou de 0,368 a 0,815, e teste-reteste, de 0,170 a 0,536. A consistência interna foi considerada aceitável (0,549< α < 0,668). A análise fatorial não demonstrou evidências da confirmação da estrutura multidimensional proposta pelos autores do MABC-2, com problemas entre as correlações das variáveis, extração no número de fatores, assim como no agrupamento dos subtestes. A aplicação do MABC-2 original nas crianças com baixa visão (n=10) resultou em adaptações no material do kit, nos procedimentos e no ambiente. O MABC-2 adaptado revelou confiabilidade inter-avaliador de alta para muito alta, com 0,923 < ICC < 0,975 e concordância de considerável a excelente quanto à classificação da dificuldade de movimento (0,669 < ICC < 0,888). A ferramenta adaptada apresentou consistência interna boa (0,790< α < 0,868). As correlações entre os escores padrões do MABC-2 original e adaptado foram muito altas entre escores de componentes e total do teste. Apesar de gerar uma versão em português aprovada pelo Comitê, com índices satisfatórios de reprodutibilidade inter-avaliador e de consistência interna, o MABC-2 original demonstrou-se problemático na composição de seus domínios, sugerindo a necessidade de modificações em alguns de seus itens para este seja aplicado em crianças do Brasil. A versão adaptada do MABC-2 para crianças com baixa visão também apresentou índices aceitáveis de confiabilidade inter-avaliador e de consistência interna, e apresentou altas correlações com a versão original do teste, sugerindo que elas avaliam o mesmo constructo. No entanto, a variabilidade na concordância teste-reteste em ambas as versões, dá indícios de que esta ferramenta pode ser melhor para triagem ou para auxiliar na tomada de decisão na prática clínica de que para acompanhamento da evolução de intervenções. |