Resistindo a Game of Thrones : um estudo sobre fãs de As crônicas de Gelo e Fogo
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Administracao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41383 |
Resumo: | Uma emergência dentro da área da Consumer Culture Theory - CCT assume a cultura como uma rede distribuída de forma que as realidades sociais são estabelecidas mediante dinâmicas de relações de poder diferentes arranjos sociais e suas condições de existência, admitindo assim, que tanto a estrutura como os diferentes arranjos estabelecidos sobre a cultura de consumo modificam-se mutuamente. Nesse contexto, evidenciamos como o surgimento da série de televisão Game Of Thrones, um dos maiores fenômeno contemporâneo da cultura pop, tem modificado e ressignificado o mercado, incluindo o modo como fãs da saga literária As Crónicas de Gelo e Fogo, da qual se origina a série, se organizam. Sob essa tensão, nosso intuito é compreender como os fãs dos livros resistem e negociam suas novas formas de ser a partir dos efeitos do programa. Para isso, adotamos a teoria de Michel Foucault como lente teórica e metodológica para entender essa relação. Para isso, analisamos as práticas do fandom Westeros.org, principal comunidade de fãs da saga, ao longo do período em que a atração esteve em exibição. Os resultados refletem como um conjunto de possibilidades de saberes se configuram e sustentam que o programa pode e deve ser consumido, fazendo parte de suas experiências, regulando assim, o modo como o poder opera sobre eles, regulando e negociando as possibilidades de como estes podem ser conduzidos, mas também de como essa resistência pode ser entendida como uma forma ética de subjetividade para esses fãs sob esse contexto. O resultado contribui para levantarmos novos olhares para questões sobre verdades, relações de poder, resistência e agencia dos indivíduos que escapam uma perspectiva dominante e dicotômica sobre as políticas de consumo e a formação dos arranjos sociais. Como o trabalho foi desenvolvido em etapas complementares, implicações teóricas e metodológicas são inferidas ao longa da pesquisa, expondo nossa contribuição acadêmica e social. |