Obtenção de celulose bacteriana aditivada com extrato de própolis para aplicação em cosméticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: AMORIM, Júlia Didier Pedrosa de
Orientador(a): VINHAS, Glória Maria, SARUBBO, Leonie Asfora
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia de Materiais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38837
Resumo: A necessidade da população em aliar cuidados com o corpo a produtos que utilizam recursos naturais, vem garantindo um desenvolvimento sustentável das novas tecnologias exploradas pelo mercado de cosméticos. Seguindo esta ideia, este trabalho consistiu em estudar a utilização de uma película de celulose bacteriana (CB) aditivada in situ e ex situ (durante e após obtenção da membrana, respectivamente) com extrato de própolis (EP), visando uma aplicação promissora e benéfica à pele. A película CB, além de servir como suporte para incorporação de tais princípios ativos, devido à sua alta porosidade e estrutura nanofibrilar, possui alta atividade de água e biocompatibilidade à derme, auxiliando, assim, na taxa de retenção de umidade da mesma. Para a produção da película, a bactéria Glucanacetobacter hansenii foi cultivada em meio padrão HS (Hestrim-Schramm), e meio HS modificado com EP. Os experimentos foram realizados após 7 dias do cultivo da bactéria nos meios citados previamente. Também foi investigada a estabilidade da membrana após o processo de esterilização radiolítica, pela fonte de 60Co, técnica de esterilização extremamente eficiente e segura, sugerida como padrão internacional para materiais poliméricos. Foi confeccionado um protótipo de máscara de CB a partir das películas obtidas. Os resultados demonstraram um bom rendimento de produção celulósica, com média de 120,55 ± 2,4g de celulose/L. O processo in situ não favoreceu a produção da CB, pelo efeito inibitório do extrato da própolis na atividade bacteriana. A CB padrão apresentou cristalinidade de 66,7%, e a CB aditivada ex situ com própolis diminuiu para 46,3%. O sistema polimérico possuiu teor de atividade antioxidante em 15,16% e sua capacidade de retenção de água de 98,01 ± 0,17%, contribuindo, assim, para uma fácil liberação dos ativos à pele, de maneira oclusiva. O sistema polimérico obtido foi termoestabilizado através da irradiação gama, de acordo com os dados da Análise Termogravimétrica. Pode-se concluir que a adição de aditivos naturais via ex situ, e sua esterilização gama, concede à película de celulose características com propriedades antioxidantes, ideais para a hidratação da pele via aplicação oclusiva, possibilitando o desenvolvimento de um novo produto biotecnológico para as indústrias farmacêuticas e cosméticas do país.