Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Rayane Siqueira de |
Orientador(a): |
SILVA, Teresinha Gonçalves da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53697
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Resumo: |
Stemodia maritima L. é um arbusto encontrado por toda América do Sul e em ilhas do Caribe, onde é usado popularmente para tratar infecções sexualmente transmissíveis e edemas. No Nordeste do Brasil, é conhecida como “mastruz-bravo ou melosa”. Estudos revelam a presença de flavonoides, esteroides e diterpenos em suas folhas e raízes. Esses compostos secundários têm um papel importante em diversas atividades biológicas. Com isso, esse trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de segurança de uso e as atividades antioxidante, antibacteriana e gastroprotetora dos extratos das folhas de S. maritima. Os extratos hexânico (EHSm), acetato de etila (EASm) e etanólico (EESm) foram obtidos por maceração e submetidos à caracterização fitoquímica. Na análise por cromatografia em camada delgada, foi observada a presença de flavonoides, triterpenos e esteroides, saponinas, proantocianidinas e leucoantocianidinas, mono e sesquiterpenos. Os extratos demonstraram relevante atividade antioxidante in vitro, principalmente o EESm, nos métodos de DPPH, ABTS, FRAP e AAT. Na avaliação da atividade antibacteriana por microdiluição em caldo, os extratos foram mais eficazes contra Micrococcus luteus e Bacillus subtilis. Na atividade anti-Helicobacter pylori, os EHSm e EASm apresentaram CMI de 256 μg/mL e o EESm de 512 μg/mL. Para a atividade citotóxica avaliada frente à linhagem de células L929, o tratamento de 72h com os extratos manteve a viabilidade celular. Na administração aguda (v.o.) de 2.000 mg/kg dos extratos em camundongos, não foram observados sinais de toxicidade. O pré-tratamento com EHSm, EASm e EESm, nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg, reduziu de forma significativa o índice de lesão ulcerativa no modelo de indução por etanol absoluto. A redução respectiva a cada dose dos extratos foi: EHSm (79, 85 e 91 %), EASm (81, 85 e 86 %) e EESm (85, 90 e 93 %) quando comparado ao controle lesionado. No modelo de indução por anti-inflamatório não esteroide, os animais pré-tratados com EESm (25, 50 e 100 mg/kg) apresentaram redução da área de lesão ulcerativa (ALU) em 62, 73 e 90%, respectivamente, quando comparados ao controle lesionado. Os extratos ainda foram capazes de aumentar as concentrações de NO e GSH nos tecido das mucosas e reduzir os níveis de MPO e MDA em relação ao grupo controle lesionado. A investigação da participação do NO como mecanismo gastroprotetor de EESm foi comprovada através da inibição da enzima NO sintase. Estes dados indicam que os extratos de S. maritima apresentam atividade antioxidante e antibacteriana, possuem baixa toxicidade e preservam a mucosa dos estômagos contra danos lesivos a partir do seu efeito gastroprotetor, com possíveis mecanismos associados ao óxido nítrico. |