Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Mariana Nathália Gomes de |
Orientador(a): |
LEAL, Vanessa Sá |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49965
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Resumo: |
A insegurança alimentar (IA) é definida pela dificuldade no acesso à alimentação, comumente associada a fatores demográficos, sociais e econômicos. O objetivo deste estudo é descrever a prevalência de IA na Região Metropolitana do Recife (RMR) e avaliar os fatores associados a tal condição em 2019, ano anterior à pandemia de Covid. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico realizado com indivíduos adultos residentes na RMR. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar foi o instrumento utilizado para categorizar a IA e posteriormente verificar a associação com dados relativos ao perfil socioeconômico, demográfico, de estilo de vida, nutricional e de consumo alimentar. Foram realizadas análises estatísticas descritivas, uni e multivariadas, considerando significância estatística quando p<0,05 e analisando a razão de prevalência (RP) entre as variáveis. Dentre os 446 indivíduos que compuseram a amostra, 320 (71,7%) encontravam-se em situação de IA (leve, moderada ou grave). Houve associação, na análise multivariada, e maior risco de IA entre indivíduos com nível de escolaridade <3 anos (p=0,03, RP= 1,08), raça preta ou parda (p=0,03, RP= 1,07), estar desempregado (p=0,02; RP= 1,12), não possuir emprego formal (p=0,03, RP= 1,10), ser beneficiário de programas sociais (p=0,03, RP= 1,15), autoavaliação da alimentação como “regular” (p=0,005, RP= 1,07) e menor consumo de alimentos in natura e minimamente processados (p=0,02, RP= 1,11). Os resultados expressam uma elevada prevalência de IA e a persistência das iniquidades sociais ao longo dos anos, acompanhando uma tendência local e nacional já relatada na literatura. Como forma de superar tais disparidades, enfatiza-se a necessidade de uma mudança a nível estrutural, considerando a intersetorialidade como base para o desenvolvimento de políticas públicas. |