Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Jackeline Gomes da |
Orientador(a): |
SOUZA, Ivone Antonia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3556
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Resumo: |
Kalanchoe brasiliensis Cambess é uma Crassulácea conhecida popularmente como saião, coirama-branca, folha-grossa ou folha-suculenta. Na medicina popular é utilizada contra lesões teciduais, bronquites, inflamações e úlceras em muitas partes do mundo. Contra essas afecções, a folha é a parte mais utilizada. Este estudo reporta uma avaliação do extrato hidroetanólico das folhas de K. brasiliensis quanto ao seu potencial toxicológico in vivo e in vitro e sua propriedade antitumoral. Além disso, também foi avaliada a atividade antimicrobiana do extrato hidroetanólico e do óleo essencial das folhas, bem como a alcoolatura do caule de Kalanchoe brasiliensis. A citotoxicidade in vitro da planta foi realizada em larvas de Artemia salina. A CL50 determinada em 704,8 μg/mL tornou o extrato tóxico ao microcrustáceo. Foram realizados ensaios de toxicidade aguda com camundongos fêmeas Albinos Swiss (Mus muscullus), por via intraperitoneal, para observação de parâmetros como alterações comportamentais e efeitos sobre os sistemas nervoso central e autônomo. Nas doses de 1000 mg/kg a 3000 mg/kg de peso corpóreo administradas, foram observadas ações estimulantes seguidas de efeitos depressores ao sistema nervoso central e alterações na locomoção. A DL50 determinada em 1925 mg/kg de peso corpóreo tornou o extrato nocivo por via intraperitoneal. Na análise macroscópica o fígado e os rins apresentaram-se empaledecidos nas doses 250 mg/kg e 125 mg/kg de peso corpóreo. Na dose 62,5 mg/kg foram observadas apenas alterações microscópicas. Na avaliação antitumoral foram testadas as linhagens de Carcinoma de Ehrlich e Sarcoma-180 nas doses 250 mg/kg e 62,5 mg/kg de peso corpóreo do extrato hidroetanólico de K. brasiliensis. Nessas doses a inibição do Sarcoma-180 foi superior a 50%, sendo ambas estatisticamente significantes em comparação ao controle. Para Carcinoma de Ehrlich a inibição foi de 66,59% na maior dose, e apenas esta se mostrou significativa estatisticamente. Na avaliação mascroscópica a massa tumoral apresentou-se delimitada em todas as doses. Dentre os órgãos avaliados nos camundongos com neoplasias, o baço mostrou-se hipotrofiado e o fígado com coloração escurecida no grupo tratado com 250 mg/kg do extrato, no controle e no grupo padrão, para os dois tumores testados. Na menor dose não houve nenhuma alteração nos órgãos dos animais com o tumor de Ehrlich, porém ocorreu esplenomegalia nos animais com Sarcoma-180. A análise fitoquímica foi realizada através de cromatografia em camada delgada analítica utilizando diversas fases móveis e reveladores específicos, indicando os flavonóides como os fitoconstituintes predominantes. No ensaio antimicrobiano foram utilizadas amostras bacterianas gram-positivas e gram-negativas, dentre elas algumas cepas multiresistentes, além de fungos leveduriformes. Entre o óleo essencial e extrato hidroalcoólico das folhas e alcoolatura do caule, apenas o óleo mostrou-se efetivo nas concentrações de 0,25% a 8%, com halos de inibição de até 17 mm. Na concentração de 8%, foi obtido um efeito bacteriostático bem pronunciado, após a sexta hora de exposição da amostra ao óleo essencial. O efeito antimicrobiano foi observado em amostras multiresistentes de Staphylococcus aureus |