Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
LEITÃO JUNIOR, Rildo Teixeira |
Orientador(a): |
FREITAS, Maurício Assuero Lima de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Contabeis
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50156
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Resumo: |
A aquisição do controle de uma empresa envolve, muitas vezes, o pagamento de prêmio, um valor adicional ao preço de mercado dessa companhia, conhecido como prêmio pelo controle. Esse prêmio pode estar relacionado à possibilidade de expropriação de direitos dos acionistas minoritários, como também, ao potencial de criação de valor da empresa adquirida a partir de mudanças em suas políticas financeiras, o denominado valor de controle. O objetivo deste trabalho é investigar se o valor de controle pode explicar os prêmios de controle registrados em processos de aquisição de empresas no mercado brasileiro. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, por meio de estatística descritiva e econométrica, para analisar o comportamento do valor de controle e dos prêmios e avaliar a relação de impacto entre essas variáveis, em 20 aquisições de controle de empresas que registraram oferta pública de ações entre 2004 e 2020. Para isso, o valor econômico da empresa foi estimado sob duas condições: (i) valor econômico contido nos laudos de avaliação dos processos oferta pública de ações; (ii) reavaliação dessas empresas utilizando medidas ótimas de desempenho. A diferença entre ambas foi definida como o valor de controle para efeito de medição do impacto do potencial de criação de valor nos prêmios de controle, sendo utilizado o método do fluxo de caixa descontado para estimar o valor econômico das companhias. O estudo indica que houve um prêmio médio de 27% e que 60% das empresas apresentaram valor de controle, ou seja, potencial de criação de valor, sendo esse valor incremental de, em média, 124%. O coeficiente de correlação de Pearson apontou uma forte correção positiva entre o valor de controle e o prêmio, 0,94, e o teste t de diferença entre média indicou não haver diferenças estatisticamente significativas entre a média do prêmio de controle e a média do valor de controle. As regressões lineares, simples e múltipla, evidenciaram que o valor de controle explicou 90% das variações no prêmio e que cada variação de R$ 1 milhão no valor de controle impacta em R$ 180 mil o prêmio pelo controle, sendo que, o potencial de criação de valor está concentrado no período da perpetuidade do valor econômico da empresa. O teste de Wilcoxon indicou que o lucro operacional antes das despesas financeiras e a variação das necessidades de capital de giro foram as variáveis intrínsecas do fluxo de caixa que impactaram o valor de controle no período da perpetuidade. |