Afetividade, motivação e percepção subjetiva do esforço após 8 sessões de treinamento resistido nos sistemas multisets, supersets e cluster : um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LIRA, Hugo Augusto Alvares da Silva
Orientador(a): PAES, Pedro Pinheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Fisica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45462
Resumo: Apesar dos benefícios do Treinamento Resistido (TR), muitas pessoas ainda têm dificuldades de engajarem em programas à longo prazo, sendo um dos fatores a falta de tempo. Complementarmente, variáveis psicológicas relacionadas ao exercício físico vêm sendo estudadas nas últimas décadas as quais influenciam nos resultados e/ou objetivos relacionados aos exercícios físicos e podem minimizar tais taxas de abandono. Desta forma, os objetivos desta dissertação foram: 1) comparar o efeito de três sistemas (multisets, clustering e supersets) do TR sobre a motivação, afeto e Percepção Subjetiva do Esforço (PSE) em indivíduos atualmente sem participar de programas de TR; 2) realizar uma revisão sistemática sobre a PSE em diferentes sistemas do TR. Assim, no estudo 1, participaram sujeitos do sexo masculino (22,29 ± 4,12 anos), com um mínimo de quatro meses prévios ingressar em programas de TR. Optamos pelo uso da ANOVA- Two Way com post hoc de Bonferroni para realizar as comparações da PSE, respostas afetivas e escores do EMI-2 entre os sistemas do TR. Adotamos nível de significância em p < 0,05. A ANOVA two way indicou efeito para o sistema realizado [F(2,22) = 6,383; p = 0,007], no qual o post hoc de Bonferroni evidenciou que o sistema supersets foi menos prazeroso (p < 0,05). Além disso, o cluster foi o único a apresentar melhora na motivação (p < 0,05), apresentando aumento de 5,17 para 8,17, na subdimensão “Reabilitação da Saúde”. Assim, concluímos que o sistema cluster é uma interessante ferramenta a ser aplicada ao estruturar programas de exercícios físicos, uma vez que ele apresentou bons resultados para a motivação. Ainda, o sistema supersets apresentou os piores resultados nas respostas afetivas, devendo ser utilizado com cautela, quando o foco do programa de treino forem questões psicológicas relacionadas ao exercício. Já no estudo 2, nossa gerou 7941 artigos, dos quais 7 artigos atenderam aos critérios de elegibilidade (cluster = 4; supersets = 2; pré-exaustão = 1; trisets = 1). Nos estudos que utilizaram o cluster, a PSE foi menor (p < 0,05) nesse sistema do que em multisets. Nos dois estudos avaliando o supersets, ambos apontaram maior PSE (p < 0,05) nesse sistema do que em multisets, além de um deles avaliar também o sistema trisets, o qual apresentou PSE maior que os demais. Por fim, um estudo avaliou a PSE no pré-exaustão, apresentado maior escore (p < 0,05) do que multisets. Concluímos que o sistema multisets e cluster foram percebidos como menos cansativos, com uma leve superioridade quando o descanso é aplicado após cada repetição no cluster. Dessa forma, quando o foco de um programa for apresentar menor sensação se esforço nos participantes, os sistemas multisets e cluster demonstraram obterem os melhores resultados, sendo interessantes ferramentas para serem usados por profissionais de educação física.