Design de intersubjetividades : uma nova abordagem de centralidade no ser humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CHAVES, Felipe de Moraes
Orientador(a): DANTAS, Ney Brito
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Design
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40886
Resumo: Design é um conceito fluido. Enquanto atividade projetual, se aproxima de um método (ou métodos) de intervenção numa realidade buscando sua transformação. Enquanto ramo epistêmico, busca dar valor científico ao(s) método(s) de intervenção. Enquanto “coringa” de novos conceitos, ou mesmo “palavra da moda”, participa da nomeação ou renomeação de diversas atividades na sociedade (design de sobrancelhas, design de interiores, etc.). Como atividade projetual e esforço epistêmico, está-se a tratar o design naquilo que lhe é próprio na academia e na atividade profissional e que idealmente são expressões intimamente relacionadas, vez que a atividade projetual deve guardar relação com o rigor científico, e a ciência se vale das experiências projetuais. Os próprios conceitos de Action Research(G)(1,)Design Science Research(G) e Action Research Design(G) (ver Collato et al., 2017, para uma revisão a respeito) denotam o caráter intrincado entre a prática e o fazer científico no design. Como coringa de novos conceitos, seu uso indiscriminado confunde a distinção entre aquelas atividades que realmente guardam coerência e utilizam um método validado pela ciência e pela prática profissional, e aquelas que simplesmente se apropriam da palavra da moda. Ao propor o termo design de intersubjetividades, entendido o conceito de intersubjetividade em sua expressão mais simples de sujeitos em relação, podemos estar falando de um caminho epistêmico, de um método do design, ou de um ramo de atividade projetual. Enquanto caminho epistêmico, o design de intersubjetividades, como qualquer outra atividade no design que busca o entendimento científico de sua prática, se vale, se alia, a outras áreas de conhecimento, no aprofundamento da compreensão da intersubjetividade, suas categorias e sua dinâmica. Como método, busca a intervenção na realidade a partir das intersubjetividades. Como atividade projetual, elege a intersubjetividade como o foco de transformação da realidade, assumindo sua relação direta e inalienável com a satisfação do sujeito. Este trabalho se conecta a essas três expressões conceituais, mantendo a preocupação de não inaugurar simplesmente uma nova moda que nada agregue a outros ramos já consagrados do design, como o design social(G) ou o design participativo(G). Combinando a Inferência Ativa(G), com os Modelos Relacionais(G) categorias de relações que expressaremos em termos de padrões de reciprocidade(G), é proposto um modelo que enxerga as transações observáveis entre os sujeitos e seu contexto (a intersubjetividade aparente(G)), inferindo os graus de (in)conformidade com a relação. Exemplificando, será que uma relação de chefia e chefiado, ou entre colegas numa organização, é realmente uma situação de conforto para os sujeitos envolvidos? Ao identificar essas inconformidades num grupo de ação coletiva(G) a partir de algoritmos baseados na observação de trocas entre os sujeitos, o design de intersubjetividades cumpre uma primeira etapa de diagnóstico num caminho que em larga medida se diferencia de outras abordagens do design. Ademais, ao mergulhar mais profundamente no subjetivo, o design de intersubjetividades amplia o espectro configurativo, oferecendo racionalidades de intervenção focadas na redução das inconformidades intersubjetivas(G)