Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
NASCIMENTO, Tatianne Leite |
Orientador(a): |
MOTTA, Cristina Maria de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12671
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Resumo: |
Fungos endofíticos são micro-organismos que colonizam assintomaticamente, intra e/ou intercelularmente, tecidos sadios de plantas em algum período do seu ciclo de vida. Estes despertaram grande interesse biotecnológico em virtude da aplicabilidade de seus metabólitos secundários na medicina, indústria e agricultura. Calotropis procera (Ait.) R. Br. (Apocynaceae) é uma planta medicinal muito utilizada nas regiões de origem (Ásia e África) com comprovado potencial farmacológico, sendo de ocorrência subespontânea no Nordeste do Brasil. Com o objetivo geral de analisar alguns aspectos ecológicos e o potencial antimicrobiano dos fungos endofíticos de C. procera, no presente estudo, foram realizadas duas coletas de material vegetal: uma no canteiro experimental do Centro de Ciências Biológicas, UFPE (Área 1), para avaliar a influência da idade foliar na comunidade de fungos endofíticos; e nas margens da BR-232, no início da Serra das Russas-PE (Área 2), para estudar a influência do tipo de tecido vegetal na comunidade de fungos endofíticos associados a folhas e pedúnculos florais. Os endofíticos foram caracterizados quanto à produção de substâncias antimicrobianas contra micro-organismos testes, patogênicos ao homem e vegetais, através de seleção em meio sólido e líquido. Na Área 1, um total de 156 isolados fúngicos distribuídos em 19 táxons, foram obtidos a partir dos 468 fragmentos foliares analisados. Verificou-se que o aumento da idade foliar exerceu uma forte influência no aumento da taxa de colonização e da riqueza de táxons dos fungos endofíticos isolados. Ocorreu pouca variação entre os índices de diversidade de Shannon calculados para as diferentes categorias etárias. A espécie dominante foi Phaeoramularia calotropidis, seguida por Guignardia bidwellii. Seis fungos endofíticos mostraram atividade contra pelo menos um micro-organismo teste. A capacidade antagônica foi verificada apenas contra bactérias Gram-positivas e os fungos patogênicos Epidermophyton floccosum e Colletotrichum dematium. Na Área 2, dos 400 fragmentos vegetais analisados foram isolados 214 fungos endofíticos distribuídos em 30 táxons, incluindo 11 morfoespécies. A taxa de colonização dos fungos endofíticos foi bem superior nos fragmentos de pedúnculos florais (61%) que nos foliares (22,5 %). Nos pedúnculos florais as leveduras predominaram, enquanto que nas folhas os fungos filamentosos foram o grupo prevalente. Dentre as espécies de fungos filamentosos isolados de pedúnculo floral, destaca-se a espécie Monodisma fragilis de primeira ocorrência na América Latina. Dos 51 fungos endofíticos submetidos a seleção primária em meio sólido, 47% mostraram atividade contra pelo menos um micro-organismo teste, principalmente contra bactérias Gram-positivas. Dos fungos selecionados em ensaio em meio sólido, apenas quatro apresentaram resultados positivos nas condições de cultivo aplicadas no ensaio em meio líquido, com destaque para o isolado do pedúnculo floral Xylaria sp., com atividade contra Streptococcus pyogenes, Enterococcus faecalis, Escherichia coli e Salmonella typhi. |