Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
NEVES, Camila Bezerra Correia |
Orientador(a): |
SANTOS, Joséte Florencio dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Administracao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46397
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Resumo: |
A presente dissertação buscou investigar o papel do disclousure do comprometimento ambiental na relação entre as práticas de ESG e o Desempenho Financeiro Corporativo, das empresas que divulgam Relatórios de Sustentabilidade da B3, no período de 2010 a 2021. As informações para mensurar o ESG, foram coletadas dos Relatórios de Sustentabilidade, assim como os dados necessários para verificar o comprometimento ambiental, medido pelas as emissões de CO2 e pesquisa e desenvolvimento ambiental (P&DA). Os relatórios foram consultados nos website das empresas, e no site da Comissão de Valores Mobiliários. Para avaliar as práticas de ESG das empresas foi composto o Índice de Práticas ESG Corporativas (IESG), estruturado em 30 perguntas referentes às dimensões ambiental, social e de governança corporativa, enquanto o desempenho financeiro foi mensurado com métricas de mercado e contábil. A análise foi feita por meio de regressão múltipla de dados, com efeitos fixos, considerando os testes de adequação do modelo. Foram analisados 785 Relatórios de Sustentabilidade e em 602 deles foi verificada a publicação das emissões de CO2, enquanto os quantitativos de investimentos em P&DA constavam em 238. Os principais resultados deste estudo apontam que o desempenho corporativo em ESG tem influência positiva na performance financeira. Em especial, as práticas corporativas ambientais e de governança melhoram o desempenho financeiro, enquanto não o foi constada influência das práticas sociais. As emissões de CO2, por sua vez, deterioram a performance financeira, enquanto os investimentos em P&D ambiental não influenciam o desempenho financeiro das empresas. O comprometimento ambiental (CO2) exerce efeito moderador negativo sobre a relação do desempenho corporativo em ESG e a performance financeira medida pela perspectiva do mercado. Assim, quando uma empresa emite CO2, a magnitude do efeito das suas práticas de ESG sobre o desempenho financeiro é reduzida. O tamanho das empresas também foi relevante, sendo identificado um desempenho financeiro superior em empresas maiores. Por sua vez, o nível de alavancagem da empresa e a intensidade energética do setor de atuação têm relação negativa com a performance financeira. Os resultados podem incentivar as empresas a adotar práticas de ESG, em especial na redução das emissões de CO2. Também se destaca sua contribuição para os estudos que investigam a relação do desempenho financeiro das empresas e suas ações ambientais, sociais e de governança corporativa, ao sugerir novas métricas para avaliar o desempenho corporativo em ESG assim como fornecer evidências de uma relação positiva entre as dimensões. |