Estudos geotécnicos e análise da estabilidade de duas encostas localizadas no Ibura no município de Recife-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SANTOS, Amabelli Nunes dos
Orientador(a): COUTINHO, Roberto Quental
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33048
Resumo: Essa dissertação apresenta um estudo do comportamento geológico - geotécnico e análise de fluxo e estabilidade de duas importantes encostas do município de Recife, localizadas no bairro do Ibura. Objetivando a caracterização geotécnica, uma campanha abrangendo ensaios de campo e laboratório foi desenvolvida. O perfil geotécnico encontrado através do SPT foi predominante arenoso em ambas encostas. Em ambos, resultados coerentes com os disponíveis na literatura foram verificados. Nas análises granulométricas, verifica-se que ambas as encostas apresentam um percentual predominante da fração areia, estando na faixa de 60%. Com a relação a consistência, a Encosta 2 apresenta um comportamento levemente mais plástico devido a presença de um percentual de finos ligeiramente maior que o encontrado para a Encosta 1. Já os parâmetros obtidos para compressibilidade, resistência e os relacionados diretamente à sucção encontram-se muito próximos, sendo que no caso da Encosta 2, o intercepto de coesão é superior do obtido para a Encosta 1, fator este também relacionado a composição granulométrica dos solos. No entanto, a permeabilidade apresentou dispersão razoável nos valores de uma encosta para outra, sendo a permeabilidade da Encosta 1 é dez vezes menor que a da Encosta 2. As análises de fluxo e estabilidade foram desenvolvidas em três etapas, sob regime estacionário e transiente. Na primeira, sob regime estacionário, as magnitudes das sucções foram verificadas. Sob regime transiente, duas analises foram realizadas. A primeira, considerando as precipitações do período chuvoso (mês de abril/2018), ficou evidente a frente de umedecimento, tanto para sucção medida no período seco quanto para sucção estimada no período chuvoso. Para estas situações, o fator de segurança apresentou pouca redução nos primeiros três dias, recuperando seu valor com o tempo. A segunda análise sob regime transiente foi realizada, considerando a influência do rompimento de uma tubulação. Foi possível verificar a influência deste vazamento, em que o FS alcançou 1,365 para a Encosta 1 e valor de 0,901 para a Encosta 2, podendo justificar a ruptura ocorrida em 2009 nesta encosta. As análises de estabilidade ainda consideraram o comportamento não saturado sem fluxo, onde para a Encosta 1 o FS aumentou cerca de 55% e para a Encosta 2 de 25% quando considerada a sucção.