Infecções fúngicas em carcinomas epidermoides da cavidade bucal: análise microbiológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SANTOS, Roberta Natalie de Andrade
Orientador(a): CASTRO, Jurema Freire Lisboa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidaed Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22635
Resumo: Objetivou-se verificar a presença de infecções fúngicas orais em pacientes com carcinoma epidermóide oral e associa-las ao sexo, idade e características clínicas dos pacientes estudados. Foram selecionados 20 pacientes em tratamento no Hospital de Câncer de Pernambuco, que não usavam medicação antifúngica, necessitavam que suas lesões orais fossem submetidas a biópsia incisional e não haviam iniciado o tratamento antineoplásico, no período de maio de 2014 a abril de 2015. Anamnese e exame clínico foram realizados. Dados sobre idade, sexo, endereço, local da lesão, estadiamento clínico, qualidade da higienização oral, tabagismo, etilismo e sintomatologia dolorosa foram coletados. Biópsias incisionais das lesões orais foram realizadas, obtendo-se 20 amostras teciduais segmentadas para exame histopatológico e micológico. Neste, as amostras foram imersas em KOH a 20% e encaminhadas para exame direto em microscópio óptico. Os testes estatísticos Exato de Fisher e o de independência da razão de verossimilhança foram utilizados. A maioria dos pacientes selecionados eram homens (n=15, 75%) na sexta década de vida (n=16, 80%), residentes da região metropolitana do Recife (n= 13, 65%), tabagistas e etilistas (n=15, 75%), e possuíam uma higienização oral insatisfatória (n=12, 60%). A maioria dos tumores estudados localizou-se na língua (n=10, 50%), foram classificados num estádio avançado (n=17,55%) e histopatologicamente bem diferenciados (n=13,65%). Radioterapia e quimioterapia associadas foram os tratamentos mais recomendados (n=11, 55%). 35% das amostras (n=7) apresentaram estruturas fúngicas que sugeriram a presença de infecção. A associação entre infecções fúngicas e a idade foi significativa (p<0,05, Exato de Fisher). Não foram observadas associações significativas entre a presença de infecções fúngicas e as demais variáveis, como também, entre as variáveis estadiamento e sintomatologia. Indivíduos tabagistas e etilistas, na sexta década de vida e com higiene oral deficiente devem ser vistos como população vulnerável ao câncer de boca. Ações que visem à prevenção e o diagnóstico precoce desse tumor são necessárias. Em pacientes com idade a partir dos 58 anos, a presença de infecções fúngicas orais deve ser investigada.