Síndrome malnutrição, inflamação e aterosclerose em pacientes coronariopatas com doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: LORDSLEEM, Andréa Bezerra de Melo da Silveira
Orientador(a): VICTOR, Edgar Guimarães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1694
Resumo: Fundamento: Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam sinergismo entre os fatores de risco tradicionais para aterosclerose e os emergentes como desnutrição, inflamação, estresse oxidativo, anemia, alteração do metabolismo de cálcio, fósforo e paratormônio (PTH). Objetivos: Determinar a frequência da síndrome malnutrição, inflamação e aterosclerose nos renais crônicos coronariopatas e calcular seu escore de Framingham. Métodos: os pacientes foram submetidos à bioquímica sanguínea, radiografia de tórax, eletrocardiograma e cálculo do índice tíbio-braquial (ITB). Pacientes com sintomas de insuficiência coronariana obstrutiva (ICO), isquemia em cintilografia miocárdica e/ou presença de disfunção sistólica (fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) inferior a 45%) no ecocardiograma de repouso, idade maior que 50 anos e diabete melito (DM) como causa da DRC ou dois ou mais fatores de risco, realizaram cineangiocoronariografia. Assintomáticos, não diabéticos, sem fatores de risco, foram investigados com ecocardiograma e com único fator de risco com ecocardiograma e cintilografia. Resultados: Foram selecionados 46 pacientes, 58,7% homens. A média de idade foi 50,70 ± 11,7 anos; 82,6% hemodialíticos. Tempo médio de hemodiálise 61,96 ± 55,1 meses. No ecocardiograma a FEVE foi 63 ± 9% (n = 44). Na amostra, 28 pacientes (60,9%) foram submetidos à cineangiocoronariografia, dos quais 53,6% (n = 15) apresentaram ICO e 39,1% (n = 18) não se submeteram à cineangiocoronariografia. Não ocorreram associações significativas entre presença ou não de ICO e características clínicas, uso de drogas cardioprotetoras, situação pré-paratiroidectomia ou pré-transplante renal, sintomas, médias do ITB, albumina sérica e da proteína C reativa (PCR). A média de idade dos pacientes sem ICO foi 55,5 ± 8,6 anos, significativamente maior que no grupo sem cineangiocoronariografia (46,4 ± 13,3 p = 0,041). No grupo com ICO, 53,3% estavam pré-paratiroidectomia, com média de PTH 1.060,0 ± 939,5 pg/mL. Não houve diferença significativa em relação ao grupo de pacientes sem ICO (15,4% p = 0,055 pré-paratiroidectomia) com média de PTH 529,2 ± 429,6 pg/mL (p = 0,063), possivelmente pela limitação do tamanho da amostra. A ocorrência de PCR alterada foi de 40% no grupo com ICO. Conclusão: A frequência da síndrome malnutrição, inflamação e aterosclerose no grupo de coronariopatas com DRC não foi maior do que no grupo sem ICO. Essa população não apresentou maiores escores de Framingham, reforçando o efeito sinérgico de fatores de risco emergentes, dependentes da uremia e dos processos dialíticos