Avaliação da importância da infecção natural pelo Papilomavírus bovino tipo 2 no desenvolvimento da hematúria enzoótica do gado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: TIBÚRCIO JÚNIOR, Elias
Orientador(a): FREITAS, Antonio Carlos de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30725
Resumo: A hematúria enzoótica bovina (HEB) é uma doença crônica inflamatória e neoplásica da bexiga urinária de bovinos. A doença evolui durante um longo período de tempo, sendo caracterizada pelo desenvolvimento da hematúria intermitente e está associada ao consumo prolongado de Pteridium aquilinum, planta conhecida popularmente como samambaia. A infecção pelo Papilomavírus bovino tipo 2 (BPV-2) e o consumo de samambaia têm sido relacionadas ao desenvolvimento da HEB e lesões neoplásicas da bexiga de bovinos. Ainda não se sabe o real papel da infecção pelo BPV-2 no desenvolvimento da HEB. Desta forma, o presente trabalho, consiste na avaliação da infecção pelo BPV-2 no desenvolvimento da HEB. Para isto, foi investigada a presença do BPV-2 no sangue, urina e lesões, seguido de avaliações clínicas e laboratoriais e a relação destes, com o desenvolvimento ou não de HEB. Foram selecionados 16 animais da raça Girolando 5/8, fêmeas, com idades entre 2-5 anos, com ou sem lesões. As amostras sanguíneas foram coletadas através de punção venosa da jugular, para a extração de DNA e análises bioquímicas. As amostras de sangue para a extração de DNA foram armazenadas em tubos com anticoagulante (EDTA), e as amostras para análise bioquímica foram armazenadas em tubo sem anticoagulante. As amostras de urina foram coletadas através de micção espontânea, para a realização da urinálise. Para extração de DNA do sangue, urina e lesão, foi utilizado o kit Blood and Tissue (Qiagen, Alemanha). Em seguida foi feita a detecção e tipificação, por PCR, das sequências de DNA. Para detecção foram utilizados os primers consenso MY11/09 e primers específicos de BPV-2 para a tipificação. Todas as análises foram realizadas a cada 4 meses, durante o período de um ano. Os resultados obtidos demonstraram a detecção do BPV-2 em 100% (16/16) das amostras de sangue, 87,5% (14/16) na urina e 100% (13/13) nas lesões. Os resultados das análises bioquímicas e de urinálise se mostraram dentro da normalidade em todos os animais. Nenhum animal apresentou qualquer característica clínica de HEB. Conclui- se que, o vírus não é per si, capaz de desenvolver a HEB.