Análise das características hidrológicas e fitossociológicas da mata ciliar num trecho do Rio Sirinhaém (PE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: BARBOSA NETO, Valdemar Correia
Orientador(a): CABRAL, Jaime Joaquim da Silva Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22323
Resumo: As matas ciliares que recobrem as margens dos rios, afluentes e subafluentes, desempenham importante papel para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas ripários. Na Zona da Mata do estado de Pernambuco esses ecossistemas vêm sendo substituídos desde as instalações dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar. Após quase cinco séculos de degradação, no ano de 2001, deram-se início as primeiras iniciativas de restauração dessas zonas úmidas. Neste cenário foi realizada uma primeira tentativa para avaliar o estado de conservação de uma zona ripária, relacionando variáveis fitossociológicas e hidrológicas. Foram aplicados o Protocolo de Monitoramento do Pacto Pela Restauração da Mata Atlântica e o Protocolo de Avaliação Rápida de Rios (PAR) num trecho de 8 km do Rio Sirinhaém nas terras da Usina Sucroalcooleira - Trapiche S.A., Município de Sirinhaém – PE. A fitossociologia demonstrou que a mata ciliar do trecho analisado é constituída basicamente por indivíduos de Inga edulis Mart. apresentando dominância relativa de 62.98%. Ao todo foram encontradas 21 espécies nativas, indicando a baixa diversidade botânica e, de um total de 246 indivíduos nativos catalogados, cerca de 83% pertence ao grupo ecológico de preenchimento. Os dados do PAR apontaram que, ao longo de ambas as margens do trecho analisado foram encontrados 8 subtrechos impactados, 8 possivelmente alterados e, apenas 4 considerados naturais. O baixo desempenho em alguns subtrechos que foram avaliados negativamente, sendo reflexo da intensa atividade econômica presente no local, como a atividade canavieira e a mineração de areia. Ainda foi observado que Inga edulis Mart. Montrichardia linifera (Arruda) Schott e Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze prestam importantes serviços ecossistêmicos à zona ripária. No demais, ambos os protocolos demonstraram ser importantes ferramentas na avaliação do estado de conservação de zonas ripárias.