Adaptação Transcultural da MOTOR ASSESSMENT SCALE (MAS) para o Brasil e Análise das Propriedades de Medida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: WANDERLEY, Elaine Lima Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17541
Resumo: O objetivo deste estudo foi realizar a adaptação transcultural da Motor Assessment Scale-MAS para o Brasil e analisar a confiabilidade (interexaminadores e teste-reteste), medida de erro (interexaminadores e teste-reteste) consistência interna e validade de construto. Além disso, foi realizada uma revisão sistemática para averiguar a validade dos instrumentos de mensuração do estado de saúde que avaliam a função motora após acidente vascular encefálico-AVE, disponíveis no Brasil. A revisão sistemática seguiu um protocolo pré-estabelecido e foi realizada por dois avaliadores independentes, considerando os estudos de propriedades de medida de instrumentos que avaliaram a função motora após AVE, resultado de adaptação cultural ou criação brasileira. A avaliação da qualidade metodológica foi realizada através do COnsensus-based Standards for the selection of health Measurements INstruments-COSMIN. O processo de adaptação transcultural da MAS foi realizado em 5 estágios: tradução, síntese das traduções, retrotradução, comitê de especialistas e pré-teste. A escala também foi submetida à opinião de Fisioterapeutas de diferentes estados do país, através de um estudo Delphi. A análise das propriedades de medida envolveu a participação de 100 indivíduos com diagnóstico clínico de AVE primário ou recorrente há no mínimo 30 dias, com presença de hemiparesia/hemiplegia, idade superior a 21 anos e ambos os sexos. A confiabilidade foi analisada através do coeficiente Kappa, a medida-de-erro através teste de plotagem de Bland & Altman e a consistência interna e a validade de construto foi verificadas através da análise Rasch. O resultado da revisão sistemática mostrou que todos os instrumentos disponíveis no Brasil para avaliação da função motora após AVE originaram-se em outros países e apresentaram uma metodologia inadequada seja no processo de adaptação transcultural ou na análise das propriedades de medida, tornando os resultados inconclusivos quanto à validade desses instrumentos. O adequado processo de adaptação transcultural e o estudo Delphi garantiram a equivalência semântica e adequação cultural da MAS para o Brasil. Os valores dos coeficientes de Kappa para as confiabilidades interexaminadores e teste-reteste foram 0,73 (variando nos itens de 0,79 a 1,00) e 0,82 (variando nos itens de 0,86 a 1,00), respectivamente. O teste de Bland Altman demonstrou adequada concordância. A análise Rasch demonstrou ausência de efeitos “solo” e “teto” (4% e 9%, respectivamente) e a capacidade do instrumento de dividir a amostra em mais de quatro níveis de habilidade. O item 4 “Sentado para de pé” apresentou padrão errático (MnSq infit=1,44; z=2,6). No entanto, a presença de apenas um item errático não afetou a unidimensionalidade do instrumento, o qual apresentou adequadas consistência interna e validade de construto. Desta forma, a MAS-Brasil constituiu-se em um instrumento adaptado e válido e poderá ser usado em contextos clínicos e nas pesquisas em indivíduos após AVE.