Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Roeckson Carlos Peixoto |
Orientador(a): |
SOUZA, Valdenia Maria Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38239
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Resumo: |
O tratamento com extrato de vermes adultos de Ascaris suum (ASC) atenuou o dano hepático na hepatite autoimune experimental (HAE). A associação da N-acetil-L-cisteína (NAC) ao esquema terapêutico resultou em incremento do efeito hepatoprotetor. Entretanto, a imunomodulação e as alterações celulares no fígado não estão esclarecidas. Neste estudo, foram avaliados os efeitos da associação entre o ASC e a NAC, no modelo de HAE induzida por concanavalina A (ConA), no perfil de ativação dos linfócitos (CD28, CD40L, CTLA-4, FoxP3, produção de IL-10 por linfócitos T e B), na expressão de marcadores fibrogênicos (αSMA, Col1a1, PPAR-γ, ARG1, FIZZ1) e alterações histomorfométricas (leucócitos e colágeno) no fígado. Secundariamente, a produção de TGF-β e a cinética dos isótipos IgG1 e IgG2a anti-Ascaris foi avaliada frente ao tratamento com ASC. Para isso, camundongos BALB/c receberam intravenosamente 20 mg/kg de ConA e 3 grupos de animais foram formados: (1) HAE, recebeu apenas ConA; 2) HAE+ASC+NAC: após 30 minutos da indução da HAE, os animais receberam NAC (200 mg/Kg, 12/12h, por 6 dias, via oral) e ASC (1 mg, via intraperitoneal) após 2 horas; 3) HAE+ASC: receberam somente ASC. Como grupo controle, animais sem HAE receberam PBS. Foi observada alta expressão CD28 e CD40L e sutil aumento de CTLA-4 no grupo HAE, porém no grupo HAE+ASC houve diminuição da expressão destas moléculas. Em relação ao grupo controle, houve menor expressão de ARG1 no grupo HAE+ASC+NAC. Em comparação ao grupo HAE, houve aumento da expressão de Col1a1, porém diminuição da expressão de FIZZ1 no grupo tratado com ASC, com ou sem NAC. Houve maior frequência de linfócitos T CD4+CD25+FoxP3+ e CD4+ IL-10+ , bem como redução do infiltrado inflamatório e produção de colágeno, no grupo HAE+ASC+NAC. Não houve diferença entre os grupos nos níveis de linfócitos B produtores de IL-10, expressão de α-SMA e PPAR-γ. O ASC induz TGF-β e estimula a produção precoce de IgG1 e tardia de IgG2a. Os resultados apontam que ASC favorece a imunossupressão na HAE por limitar a expressão de moléculas coestimulatórias em linfócitos T e diminuir a expressão do gene fibrogênico FIZZ1, bem como por estimular níveis mais altos de IgG1 e TGF-β, sugerindo uma via adicional de controle da resposta Th1 na HAE. Entretanto, associação com a NAC foi necessária para a expansão de linfócitos T CD4+CD25+FoxP3+ e T CD4+ IL10+ e atenuação do processo inflamatório e da deposição de colágeno. |