Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Figueiroa Lyra de Freitas, Manuela |
Orientador(a): |
Lúcia Montenegro Stamford, Tânia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8813
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Resumo: |
A mastite bovina, inflamação da glândula mamária, é uma das principais doenças que acomete o rebanho leiteiro em todo o mundo. O principal agente infeccioso responsável por esta enfermidade é o Staphylococcus aureus (S. aureus), bactéria de interesse na microbiologia dos alimentos como agente causador de intoxicações alimentares. Outro importante fato que envolve este microrganismo é a resistência aos antibióticos usados na terapêutica humana e veterinária. Como o leite e derivados são amplamente consumidos e podem conter S. aureus enterotoxigênicos e resistentes, objetivou-se com este estudo caracterizar feno e genotipicamente Staphylococcus spp. isolados de amostras de leite de vacas com mastite e queijos de coalho no Estado de Pernambuco. Para o diagnóstico da mastite bovina foram realizados os testes da caneca telada e o California Mastitis Test. As amostras de queijos de coalho foram submetidas ao isolamento e contagem de Staphylococcus coagulase positiva (SCP) em Ágar Baird-Parker. As cepas de Staphylococcus spp. obtidas tanto do leite quanto dos queijos foram caracterizadas fenotipicamente em S. aureus, SCP e Staphylococcus coagulase negativa (SCN), através da técnica de coloração de gram, características morfo-tintoriais das colônias e produção de hemólise em Ágar sangue, além de provas bioquímicas como fermentação da glicose em anaerobiose, fermentação do manitol em aerobiose e anaerobiose, produção de termonuclease, acetoína e coagulase. A caracterização genotípica foi realizada através da utilização da técnica de PCR-RFLP do gene coa, PCR-Uniplex e Multiplex para investigação dos genes toxigênicos, além de clivagem e seqüenciamento para confirmação da presença dos genes se. Para traçar o perfil de resistência dos isolados, foi empregada a técnica de difusão em ágar, utilizando diferentes antibióticos. Foram analisados 246 animais, totalizando 984 quartos mamários, dos quais, 562 (57,1%) apresentaram mastite subclínica, sendo os microrganismos mais prevalentes Staphylococcus spp. (36%), Corynebacterium spp. (34,8%) e S. aureus (13,6%). O perfil de sensibilidade antimicrobiana demonstrou que das 59 cepas de SCP isoladas de leite, 28,5% foram resistentes, sendo os antibióticos menos eficazes a penicilina e a amoxicilina. A caracterização das cepas de S. aureus de casos de mastite bovina pela técnica de PCR-RFLP revelou a presença de dois perfis genotípicos, P1=750pb e P2=1000pb. Das 81 cepas de Staphylococcus spp. isoladas de leite de vacas com mastite, 65 (80,2%) comportavam genes toxigênicos, sendo os genes se encontrados (seg, seh, sei e sej). Com relação aos queijos de coalho, das 10 amostras avaliadas, 90% estavam fora dos padrões permitidos pela legislação para SCP. 18/20 das cepas de Staphylococcus spp. apresentaram os genes tst, sec, sed, seg, seh, sei e sej. O percentual de resistência entre as cepas isoladas de queijo foi baixo. A análise de restrição e o seqüenciamento confirmaram a presença dos genes se nos isolados de leite e queijo. A tipagem molecular permitiu compreender o padrão de dispersão dos S. aureus nas propriedades estudadas. A presença de cepas de Staphylococcus spp. resistentes a antibióticos e portadoras de genes toxigênicos isoladas de amostras de leite de vacas com mastite e queijos de coalho no Estado de Pernambuco, é preocupante para a saúde do consumidor, por tornarem estes alimentos possíveis veículos de intoxicações alimentares |