Elucidando a identidade das girafas no Brasil : uma abordagem molecular multiloci como ferramenta norteadora para a conservação ex-situ das espécies

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: FALKOWSKI, Marina de Souza Santos
Orientador(a): TORRES, Rodrigo Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38435
Resumo: Inicialmente, apenas uma espécie de girafa (Giraffa camelopardalis) e até onze subespécies eram taxonomicamente reconhecidas. No entanto, um estudo genético recente evidenciou a existência de 4 espécies distintas – G. camelopardalis, G. reticulata, G. giraffa e G. tippelskirchi – e 5 subespécies. Incluídas na Lista Vermelha Internacional de espécies ameaçadas como vulneráveis devido ao seu crescente declínio populacional, estão entre os primeiros animais a serem mantidos em zoológicos. Uma vez que o principal objetivo do manejo das populações de animais em cativeiro é a manutenção da diversidade genética, existe a necessidade de os zoológicos adequarem seus planejamentos reprodutivos e programas de conservação a esta classificação, a fim de evitar hibridização e serem autossustentáveis, contribuindo futuramente para a conservação in situ. Desta maneira, o presente estudo teve como objetivo central a identificação das espécies de girafa residentes nos zoológicos brasileiros através de uma abordagem molecular e morfológica. Para isso, foram obtidos fragmentos dos marcadores mitocondriais Citocromo b (Ctyb), Região controle e Citocromo Oxidase subunidade I (COI). Sequências adicionais destes marcadores, disponíveis na plataforma NCBI/GenBank, foram adicionadas ao banco de dados. Para Ctyb e região controle, os dados foram concatenados e testados perante árvores bayesianas, redes haplotípicas e análises tradicionais de genética populacional. Para COI, uma abordagem moderna de delimitação molecular de espécies foi implementada. A análise morfológica foi feita a partir de fotos dos padrões de pelagem de cada indivíduo, comparando com os padrões encontrados na natureza. Os resultados para os dados concatenados e morfologia indicam a ocorrência de duas espécies nos zoológicos brasileiros, assim como os resultados de COI corroboram os achados dos outros marcadores. Além disso são observadas nas árvores bayesianas incongruências nos clados de Giraffa giraffa e Giraffa camelopardalis que podem estar relacionadas a diversidade escondida nessas duas espécies. Esses dados fornecem subsídios genéticos para a elaboração de planos de manejo para a população de girafa nos zoológicos brasileiros.