O mito democrático-revolucionário petistana década de 1980: estudo sobre uma experiência radical de democracia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: MESQUITA, Rui Gomes de Mattos de
Orientador(a): BURITY, Joanildo Albuquerque
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9776
Resumo: Neste estudo tivemos por objetivo investigar o mito de democracia no discurso do Partido dos Trabalhadores (PT), nas práticas sindicais na década de 1980, focalizando a experiência sindical dos metroviários de Pernambuco. Percorremos, contudo, alguns caminhos prévios à análise daquela experiência sindical. Utilizando o instrumental analítico da Teoria do Discurso, de matriz pós-estruturalista, evidenciamos a contingencialidade do discurso petista no final da década de 1970 e início da década de 1980. Procuramos demonstrar que as ideologias não têm um vínculo natural com as classes sociais. Nesse contexto, o discurso petista, que denominamos de mito democráticorevolucionário, se constituía pela influência de duas lógicas antitéticas. A lógica da necessidade, que se funda numa noção objetivista do social, e a lógica da contingência, que se inscreve em uma dimensão política. A tensão entre essas duas lógicas refletia-se no sindicalismo petista numa disputa entre posturas mais autonomistas e outras mais abertas ao jogo democrático. Assim, pudemos perceber a institucionalização do PT, tendo como pano de fundo sua crítica ao populismo no Brasil. Por fim, através do contraste com a experiência radical de democracia dos metroviários de Pernambuco, evidenciamos a dimensão conservadora do discurso petista