Teria John Searle refutado a teoria causal da referência dos nomes próprios?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, Jeferson José dos
Orientador(a): CASTRO, Rodrigo Jungmann de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35994
Resumo: O objetivo da presente dissertação é discutir e avaliar as objeções apresentadas por John Searle no capítulo nove do seu livro Intencionalidade (1983) contra a teoria causal da referência dos nomes próprios. Nosso intuito é tentar descobrir o grau de plausibilidade desses argumentos a fim de que possamos decidir se eles são eficazes ou não em sua tentativa de refutar a teoria causal. Grosso modo, os argumentos de Searle podem ser divididos em três grupos: i) observações que demonstram que a teoria causal possui elementos descritivistas implícitos; ii) objeções que criticam o aspecto necessário da teoria causal, ou seja, estas objeções pretendem mostrar que algumas características da teoria causal não são necessárias para que o mecanismo de referência dos nomes proprios possa ser explicado satisfatoriamente e iii) objeções que criticam a insuficiência de uma teoria de tipo causal, ou seja, estas objeções tentam mostrar que alguns aspectos da teoria causal são insuficientes para que o mecanismo de referência dos nomes proprios possa ser explicado satisfatoriamente. Com este objetivo em mente, dividiremos essa dissertação em três partes essenciais. A primeira parte (capítulo dois) será essencialmente expositiva, nela faremos uma apresentação do problema da referência dos nomes proprios assim como também das principais teorias que disputam a sua solução, a saber, o descritivismo e a teoria causal. Na segunda parte (capítulo três), apresentaremos e discutiremos o que acreditamos serem as principais objeções de John Searle contra a teoria causal. A terceira e última parte (capítulo quatro) compreende o cotejamento crítico das objeções searleanas frente as principais versões de teoria causal. Tentaremos defender a teoria causal das objeções de Searle. Para isso, será necessário nos apoiarmos numa teoria de tipo causal mais sofisticada tal como a defendida por Michael Devitt (1974, 1981, 1987). Reconstruiremos, em alguns momentos, passagens onde o próprio Devitt responde diretamente algumas objeções searleanas. Como resultado de nossa investigação tentaremos defender uma posição negativa em relação a pergunta que dá título à nossa dissertação, isto é, acreditamos que as objeções de John Searle não refutam a teoria causal da referência se considerarmos sua versão mais sofisticada.