O espaço das calçadas em cidades não-metropolitanas: O caso de Carpina – Pernambuco
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
ufpe Brasil Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17491 |
Resumo: | A pesquisa objetivou analisar as inter-relações e os conflitos existentes entre os usos e a gestão do espaço das calçadas, em cidades não-metropolitanas médias e pequenas, a partir das intervenções cotidianas dos indivíduos, adotando como estudo de caso, a área urbana do município de Carpina/Pernambuco, especificamente a Avenida Estácio Coimbra, localizada no Bairro São José e a Avenida Doutor Joaquim Nabuco, localizada no Bairro Centro. O interesse em investigar essa temática surgiu a partir da observação empírica da dinâmica do espaço das calçadas em cidades não-metropolitanas, nas peculiaridades, semelhanças e diferenças do espaço das calçadas das metrópoles, principalmente quanto aos usos, gestão, conflitos e inter-relações existentes nesse espaço. Sendo assim, questiona-se: Em que dimensões, os indivíduos influenciam nos usos, na gestão, nos conflitos e nas inter-relações no espaço das calçadas em cidades não-metropolitanas médias e pequenas? Há territórios no espaço das calçadas? E se há, como eles se dividem? Os procedimentos metodológicos elegidos para a execução deste trabalho consistiram: na pesquisa bibliográfica, onde foram considerados conteúdos referentes à formação e reestruturação do espaço urbano, dos espaços livres públicos e do espaço das calçadas; além da análise de leis, planos e normativas referentes ao uso e ocupação do solo no município; na observação empírica da dinâmica do espaço das calçadas na cidade; nas conversas informais com indivíduos citadinos, e; na aplicação de uma entrevista semiestruturada, realizada também, com os indivíduos citadinos, identificando inter-relações e possíveis elementos conflitantes nesse espaço. Através das informações recolhidas, almejou-se realizar um diagnóstico acerca dos usos e das funcionalidades encontradas no espaço das calçadas, analisando, por meio de um recorte físico/temporal, situações e/ou elementos conflitantes, bem como, a atuação dos usuários nesse espaço, apontando Carpina como um exemplo de cidade não-metropolitana, que pode apresentar características particulares em sua dinâmica urbana. Consolidando-se como uma temática pertinente, uma vez que busca compreender de que maneira as inter-relações e os conflitos, produzidos pelos agentes sociais, interferem nos usos e na gestão do espaço das calçadas nas cidades não-metropolitanas, a pesquisa busca contribuir para uma nova experiência urbana, reconhecendo que, embora existam leis contratuais fundamentando o desenvolvimento de um município, ao que Gomes (2002) define de nomoespaço, é possível encontrar uma realidade diferente, onde, as práticas socioespaciais, a força da amizade e os acordos de interesses, promovidos pelos citadinos, é quem define esse espaço, ao que o mesmo autor nomeia de genoespaço. Entretanto, ainda que alguns agentes sociais elejam diversos espaços nas calçadas, e, nesses espaços, firmem novos territórios, impondo sobre eles, novas regras de usos, de ocupação e de gestão, diferente dos códigos de conduta que regem o município, o espaço das calçadas necessita ser observado e apropriado, nas cidades não-metropolitanas médias e pequenas, como um espaço livre público, altamente democrático e sustentado por uma rica dinâmica urbana. |