Transitoriedades no Atlântico yorubano : Bàbálórisà Claudionor Antonio de Oliveira e o peculiar rito de Ògún dançar com a serpente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LIMA, Ronnei Prado
Orientador(a): SILVA, José Bento Rosa da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Historia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38598
Resumo: A presente dissertação tem como proposta analisar e compreender as narrativas e representações acerca do culto ao òrìÿà Ògún, em sua cerimônia religiosa mais singular quando essa divindade yorubana dança com a cobra (ejò), em território dos grupos étnico-linguístico Yorùbá, que são os estados de Õÿún, Õyö, Ògún, Ondo, Kwara, Kogi, Lagos (Èkó), Edo e em Pernambuco – único Estado brasileiro que conseguimos encontrar terreiros que praticavam essa liturgia. O Ilé Aÿé Ògún Màátá, localizado no bairro de Tejipió na cidade do Recife, é o único ainda a manter essa tradição religiosa. Por esse motivo, através da trajetória de vida do bàbálóòriÿà Claudionor Antonio de Oliveira, é possível analisar categoricamente esse culto específico. Nessa perspectiva, através das narrativas orais das testemunhas oculares como Pai Amauri, Pai Kleiton, a senhora Maria Ferreira, entre outros(as), podemos refletir sobre a vida desse sacerdote e sua dedicação em manter essa prática consagrada por tradições que lhe foi passado por seu primeiro zelador, Pai Duda – Dionísio Gentil da Soledade. Para a elaboração do arcabouço teórico, autores(as) como Ayoh’Omidire (2005, 2006, 2016), Abimbôla (1971), Asiwaju (1976), Salami (1997), e demais estudos, auxiliaram no embasamento dessa leitura histórica, cultural e religiosa. Partindo da história de vida de Claudionor Antonio de Oliveira, refletimos sobre a espacialidade construída historicamente do/no bairro de Tejipió, das relações de poder entre os agentes do Estado e o povo pobre, negro e praticante das religiões de matriz africana, sem perder de vista, a importância da tradição oral dos grupos yorubanos na construção de suas memórias.