Compósito Ag/Polipirrol : síntese, propriedades e atividade antitumoral

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: LIMA, Elton Marlon de Araújo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco; UFPE; Brasil; Programa de Pos Graduacao em Ciencia de Materiais
• Palavras-chave em Português: Materiais não-metálicos; Polímero condutor; Nanopartícula de prata
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36200

Tem sido crescente busca por novos materiais compósitos formados pela combinação de partículas metálicas e polímeros condutores, por conta das possíveis aplicações que venham explorar as propriedades mecânicas, condutoras e físico-químicas diferenciadas desses materiais. Nesse contexto, destaca-se a utilização de tais compósitos para o sensoriamento de biomoléculas e antígenos, o desenvolvimento de dispositivos eletrônicos, a produção de plataformas de diagnóstico molecular, como marcadores fluorescentes, ou no uso como agente terapêutico alternativo para doenças. Ao mesmo tempo, materiais constituídos de polímeros condutores, e em especial de polipirrol, têm demonstrado alto potencial no combate a células tumorais in vitro. O presente trabalho consistiu na preparação de um compósito de Ag/Polipirrol e na avaliação de sua atividade antitumoral contra células de câncer cervical humano (HeLa). Para isso, a síntese do compósito foi feita segundo um planejamento fatorial 23 implementado para a otimização de suas propriedades fluorescentes, de seu potencial zeta e do tamanho das partículas formadas. O compósito foi caracterizado por UV-Vis, FTIR e MET, antes de sua utilização em ensaios in vitro de biocompatibilidade e atividade antitumoral. Para os aspectos de biocompatibilidade, foram utilizados ensaios de citotoxicidade em três linhagens de células de mamíferos (macrófagos, células VERO e fibroblastos) e testes de suas propriedades hemolíticas em amostras de sangue humano. Para as concentrações testadas, foi possível verificar que enquanto a adição do compósito de Ag/Polipirrol não levava a uma redução significativa na viabilidade das células de mamíferos, perfis distintos de sua interação com as hemácias dos diferentes fenótipos eram observados. Ao mesmo tempo, no estudo da atividade antitumoral com células HeLa foi confirmada uma redução significativa dos grupos tratados, com a concentração citotóxica que reduz a viabilidade em 50% da cultura (CC50) sendo estimada em 210,6 μg/mL. Através de imagens de MEV, foi possível observar que as alterações nas ultraestruturas das células HeLa é dependente da concentração utilizada do Ag/Polipirrol. O fato que o compósito Ag/Polipirrol apresenta atividade antitumoral sem que se faça necessária a utilização simultânea de uma radiação eletromagnética externa sugere que esse material aparece como um candidato promissor para uso como um agente terapêutico alternativo.