Condicionantes para a prevalência da síndrome congênita do Zika vírus: uma análise do caso brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SANTOS, Alba Valéria Azevedo
Orientador(a): SILVEIRA NETO, Raul da Mota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Gestao e Economia da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29708
Resumo: Zika é uma doença que foi detectada no Brasil em 2015, a partir deste evento tem se disseminado, cursando de forma inédita segundo a literatura científica. O Ministério da Saúde reconheceu a relação entre o aumento na prevalência de microcefalias no Brasil com a infecção pelo vírus Zika durante a gestação e o enorme impacto causado à saúde de nossa população. Há atualmente um forte consenso científico de que o vírus Zika é uma causa de microcefalia e outras complicações neurológicas que, em conjunto, constituem a Síndrome Congênita do Vírus Zika SCZ. O objetivo do trabalho foi identificar e analisar os fatores associados à prevalência da SCZ no Brasil. Pretende-se caracterizar a prevalência da Síndrome Congênita do Zika Vírus nos municípios brasileiros e estimar a influência dos mesmos nesta epidemia. A amostra foi composta por todos os municípios brasileiros com ou sem casos notificados da SCZ de 08 de novembro de 2015 a 23 de setembro de 2017.Trata-se de um Estudo Ecológico das características, fatores ou variáveis condicionantes que se relacionam nos processos que influenciam na prevalência dos casos da SCZ nos municípios brasileiros com caráter retrospectivo. O modelo econométrico de Regressão Binomial Negativo Inflado para Zeros foi o escolhido e indicou que um número maior de casos de Microcefalia não tende a ocorrer nos municípios mais pobres, menos urbanizados e mais distantes das capitais, mas ao contrário. Verificou-se uma associação positiva entre temperatura e chuvas no inverno e no verão com casos de Microcefalia e confirmou que, a simples localização do município na região Sul ao invés de no Nordeste do país reduz o número de casos confirmados de microcefalia em 1,5 casos aproximadamente.