Corrupção e Accountability: Uma análise sobre a onda de escândalos de corrupção no governo Dilma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ARAUJO, Cletiane Medeiros
Orientador(a): MELO, Marcus André Barreto Campelo de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18737
Resumo: Em que medida os escândalos de corrupção impactam na probabilidade de responsabilização dos agentes públicos denunciados? Mobilizando a literatura sobre accountability democrática e relação Executivo-Legislativo, este estudo tem como objetivo analisar quais são os determinantes para a onda de demissão de parte dos ministros do Governo Dilma Roussef ao longo dos dezessetes primeiros meses de mandato. Para isto, foram selecionadas 677 notícias de três jornais de larga circulação nacional, a saber: Folha de S.Paulo; O Estado de S. Paulo; e O Globo. Este trabalho argumenta que a maior intensidade de notícias sobre denúncias de corrupção envolvendo ministros do governo impacta positivamente na probabilidade da saída do agente público da pasta ministerial, destacando assim o papel da mídia no processo de prestação de contas. Quanto às questões que enfocam o processo de negociação de decisões pelos agentes dos Poderes Executivo-Legislativo argumenta-se que o maior número de cadeiras na Câmara dos Deputados pertencentes ao partido do ministro denunciado impacta positivamente na probabilidade de sua saída, caracterizando o comportamento de puxar o tapete em meio a um ambiente de recursos limitados e horizonte temporal curto. Por fim, o fato de o ministro denunciado ser de um partido ideologicamente distante em relação ao partido do presidente lhe confere maior instabilidade no cargo, em outros termos, haveria uma menor tolerância por parte da chefia do Executivo para com os ministros denunciados em escândalos de corrupção quando estes forem membros de partidos mais distantes ideologicamente em relação ao PT.