Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Phelipe Daniele Rodrigues da |
Orientador(a): |
GOMES, Isaltina Maria de Azevedo Mello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46326
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Resumo: |
Este trabalho observa a luta pela significação da aids desde as primeiras notícias sobre a epidemia, em 1981, até a possibilidade de relato da sorologia positiva em três canais do YouTube de pessoas vivendo com HIV. A pesquisa problematiza como se configura o discurso de três homens gays cisgêneros que vivem com o vírus e comunicam sobre a sorologia positiva em seus espaços no site de compartilhamento de vídeos. O objetivo principal desta pesquisa foi analisar a produção discursiva da comunicação em primeira pessoa sobre o vírus. O percurso teórico-metodológico trouxe o aporte histórico para contextualizar as vozes que romperam um ciclo de silenciamento sobre a sexualidade na comunidade LGBTI e sobre o HIV. Foram selecionados nove vídeos, entre 2016 e 2021, e empregados na análise os conceitos de interdiscursividade, dialogismo, testemunho, multimodalidade, ética do espetáculo, relato autobiográfico, além dos estudos sobre ethos e pathos para a categorização dos canais. As contribuições da Retórica Clássica e da Semiótica Discursiva em Dominique Maingueneau e José Luiz Fiorin nos permitiram interpretar o aspecto audiovisual dos episódios. Nossos resultados deixaram perceber que as representações iniciais sobre HIV/aids ainda não foram totalmente superadas no discurso. Os youtubers, atualmente, podem falar em “viver com HIV”, quando os relatos se configuram numa condição crônica, distinta da época do início da epidemia, há 40 anos. A construção textual em primeira pessoa, nas mídias digitais, carrega os aspectos políticos, de entretenimento, de vigilância, de prazer e do cuidado de si na perspectiva neoliberal da saúde. |