Histomorfometria e imunoistoquímica da matriz de colágeno xenógena usada para manipulação de tecido mole em humanos : ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: BARROS, Marcela Sandy Valença de
Orientador(a): SILVEIRA, Renata Cimões Jovino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Odontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43416
Resumo: A necessidade de um enxerto autógeno para a modificação do tecido mole ao redor dos implantes traz uma série de limitações ao seu uso, levando ao advento de substitutos de tecido conjuntivo (STC). No entanto, o comportamento dos STC ainda não é totalmente claro do ponto de vista histológico, devido à ausência de estudos em humanos. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar, histomorfometricamente a quantidade de colágeno e imunoistoquimicamente a vascularização do tecido mole ao redor de implantes após o tratamento com a matriz de colágeno acelular xenógena (MCX) comparativamente ao enxerto autógeno, por meio de um ensaio clínico randomizado de boca dividida. Participaram do estudo 9 indivíduos, que foram submetidos de forma simultânea a reabilitação com implantes e enxerto de tecido conjuntivo (ETC) (grupo controle) e da matriz de colágeno xenógena (MCX) (grupo teste) em áreas desdentadas contralaterais. Os pacientes disponibilizaram de 2 a 4 sítios para cada uma das ténicas de enxerto, totalizando 12 amostras para cada enxerto avalido, que foram alocadas aleatoriamente em 3 grupos de acordo com o tempo de cicatrização de 30 dias (n=4), 90 dias (n=4), 180 dias (n=4), onde foram coletadas amostras para avaliação histológica e imunoistoquímica. As amostras foram coradas em tricrômico de Masson, a fim de analisar a estrutura do colágeno e preparadas imunoistoquimicamente para a detecção do endotélio vascular, com o anticorpo CD34. Os resultados demonstraram uma formação de colágeno crescente de acordo com o período de avaliação, com aumento significativo no período de 180 dias para MCX e ETC (p<0,05), no entanto, sem diferença entre os grupos (p>0,05). Quanto a densidade de vasos e percentual de vascularização, ambos apresentaram aumento significativo para os grupos MCX e ETC para o período de 90 dias (p<0,05), no entanto, só houve diferença entre os grupos para avaliação com 30 dias (p<0,05). A MCX demonstrou comportamento vascular similar ao ETC e deposição madura e uniforme de colágeno aos 180 dias. Portanto, o estudo verificou que a MCX se comportou histologicamente de maneira bem semelhante ao ETC, demontrando que essa matriz é uma alternativa viável ao enxerto autógeno do ponto de vista histológico.