Possibilidades do uso do computador no ensino de gráficos: um estudo em escolas do Projovem - Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SANTOS, Cláudia Costa dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12564
Resumo: O programa nacional de inclusão de Jovens - Projovem está fundamentado numa perspectiva de participação cidadã. Carzola e Castro (2008) destacam a importância do letramento estatístico para o desenvolvimento da cidadania. Ser letrado nessa área significa perceber as armadilhas que se põem numa informação veiculada por meio de gráficos, em parte devido a utilização frequente dessas representações em diversos contextos, como o da mídia e o escolar. Carvalho, Monteiro e Campos (2011) destacam que atividades com gráficos precisam ser pensadas na escola como processos de resolução de problemas nos quais diferentes fatores têm influência. Na proposta pedagógica do Projovem, o ensino de gráficos perpassa as unidades formativas. Espera-se também que os conteúdos curriculares sejam desenvolvidos de forma integrada com os meios tecnológicos. Nessa pesquisa, buscamos analisar algumas experiências sobre o ensino de gráficos nas quais o professor usam o computador como recurso. O estudo foi realizado em escolas núcleos do Projovem em Recife. A metodologia consistiu de três etapas: mapeamento das escolas; entrevistas com quatro professores de matemática; e observação de duas aulas de matemática nas quais os professores realizavam o ensino de gráficos com o uso do computador. A maioria das escolas visitadas possui laboratório de informática com computadores funcionando adequadamente. Os docentes entrevistados possuem mais de cinco anos de experiência de ensino no Projovem e apenas dois tem formação inicial em Matemática, os outros dois são graduados em Ciências e Biologia. Seus enfoques sobre gráficos envolveram preocupações com aspectos conceituais e de visualização de dados. Nas aulas de matemática observadas as atividades envolveram a construção de gráficos com papel e lápis em sala de aula e com a ferramenta BrOffice.org no laboratório de informática. Em geral, as atividades contribuíram para os estudantes ampliarem suas percepções sobre a apresentação de dados. Contudo, as situações didáticas exploradas foram conduzidas a partir de algumas práticas tradicionais dos docentes. Além disso, os professores não se envolveram de forma efetiva nas situações de construção de gráficos com o software, ficando essas atividades ao encargo do monitor. Experiências de ensino sobre gráficos envolvendo a proposta de currículo integrado do Projovem são possíveis e necessárias para o letramento estatístico dos jovens, devendo, portanto fazer parte da formação continuada desses docentes. Tal processo pode implicar num maior engajamento dos docentes à apropriação e uso em situações didáticas das ferramentas tecnológicas direcionadas ao ensino de gráficos.