Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LEAL, Juliana Cabral |
Orientador(a): |
DUARTE, Filipe Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31871
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Resumo: |
O gênero vegetal Polygala é o maior representante da família Polygalaceae, apresentando diversas propriedades farmacológicas e ações no sistema nervoso central. Estudos fitoquímicos da espécie Polygala altomontana revelaram a presença de compostos cumarínicos, flavonoides e estirilpironas, representando uma excelente ferramenta farmacológica para estudar sua ação central em modelos animais. Neste estudo avaliamos os efeitos do extrato hidroetanólico (EHPA) e frações acetato de etila (FAE) e etanólica (FET) de P. altomontana em ratos. Também investigamos a possível participação dos receptores benzodiazepínicos/GABAA, adenosina e opióides nas ações centrais do EHPA. Todos os protocolos experimentais utilizados neste estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais. Ratos Wistar adultos machos foram tratados por via oral com EHPA, FAE e FET (50, 100 ou 300 mg/Kg), 1 h antes dos testes da caixa de transição claro-escuro, campo aberto, roda giratória, convulsão induzida por pentilenotetrazol (PTZ), sono induzido por quetamina ou isoflurano. Outros grupos de ratos previamente canulados intracerebroventricularmente (i.c.v.) por estereotaxia receberam por via v.o. EHPA 300 mg/Kg/dia, por 3 dias consecutivos, seguido da administração i.c.v. do veículo ou estreptozotocina (ETZ 0,1 mg/4 μL) e, após 2 dias, a memória foi avaliada no teste da esquiva inibitória. No último protocolo experimental, os animais foram pré-tratados com antagonistas de receptores benzodiazepínicos, o flumazenil (FLU 5 mg/Kg, i.p), antagonista de receptores de adenosina, a cafeína (CAF 3 mg/Kg, i.p) ou antagonistas de receptores opioides, a naltrexona (NTX 2,5 mg/Kg, s.c) seguido da administração v.o. com EHPA (300 mg/Kg), e 1 h após, o comportamento foi avaliado no campo aberto. Na caixa de transição claro-escuro, a FAE 300 mg/Kg reduziu o número de transições entre os dois compartimentos. No campo aberto, o EHPA 300 mg/Kg reduziu a movimentação central, periférica e total, além do número de comportamentos de levantar. EHPA 50 mg/Kg aumentou a movimentação central. No teste do PTZ, EHPA 300 mg/Kg e FET 50 mg/Kg diminuíram a letalidade dos animais em 25 e 30 %, respectivamente. No teste da quetamina, a FAE e FET aumentaram a duração total do sono, enquanto no teste do isoflurano, EHPA, FAE e FET aumentaram a duração total do sono. Na esquiva inibitória, a ETZ reduziu a latência para descida da plataforma, efeito totalmente prevenido pelo tratamento repetido com EHPA. Por fim, o FLU, CAF ou NTX bloquearam totalmente os efeitos do EHPA na movimentação central, periférica e total, bem como no número de levantar, no teste do campo aberto. Nossos resultados sugerem que a P. altomontana é uma planta com ações do tipo ansiolítica, hipnosedativo, anticonvulsivante e promnésica. Este estudo também fornece evidências para o envolvimento dos receptores benzodiazepínicos/GABAA, adenosina e opióides nas ações centrais da P. altomontana, pelo menos para suas ações sedativas. |