Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
BARROS, Maria Fabíola Gomes da Silva de |
Orientador(a): |
TABARELLI, Marcelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32092
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Resumo: |
A conversão acelerada das florestas tropicais em paisagens antrópicas reacendeu o interesse pelo tema da regeneração ou sucessão secundária, tanto do ponto vista teórico quanto do ponto de vista das questões relativas à conservação da diversidade biológica, prestação de serviços ambientais e qualidade de vida das populações humanas. Neste estudo nós examinamos a regeneração da floresta da Caatinga após agricultura de corte-e-queima. Especificamente, analisamos as mudanças nas assembleias de plantas lenhosas dos pontos de vista taxonômico, funcional e filogenético. Atributos das assembleias foram examinados em relação ao tempo de abandono das roças, biomassa vegetal acima do solo, fertilidade do solo e perturbação antrópica crônica, pois a hipótese central do estudo previa mudanças direcionais nas assembleias em função da ação de filtros ambientais e competição. O estudo foi baseado em uma cronossequência de regeneração (4-70 anos), incluindo trechos de floresta madura, estabelecida no Parque Nacional do Catimbau (Pernambuco-Brasil). As assembleias de plantas apresentaram uma grande variação nos atributos, sendo que para a maioria deles não houve diferença entre a floresta em regeneração e a floresta madura. Além disso, as variações taxonômicas, funcionais e filogenéticas não se correlacionaram com o tempo de abandono, biomassa da vegetação acima do solo, fertilidade do solo ou perturbação antrópica crônica. Muitos atributos, particularmente os relativo à diversidade, apresentaram valores dentro do esperado pelo acaso. Finalmente, observou-se a co-existência de espécies com estratégias funcionais distintas no que se refere a utilização de recursos como água e nutrientes. Nossos achados refutam a hipótese de que a regeneração na Caatinga segue um modelo com mudanças direcionais nas assembleias em resposta a ação de filtros ambientais ou competição. Ao contrário, as assembleias de plantas na regeneração da Caatinga parecem ser compostas por espécies que conseguiram “vencer” as etapas da dispersão de sementes ou estabelecimento via rebrota e apresentam capacidade de ajuste as variações ambientais e perturbações antrópicas impostas à floresta em regeneração. Isto implica em modelos de sucessão baseados em processos aleatórios, ao contrário do que é comumente aceito para as florestas tropicais. As implicações de nossos achados do ponto de vista aplicado merecem considerações, devido à intensa dinâmica de uso do solo na Caatinga. |