Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, Elisângela Lima |
Orientador(a): |
CAVALCANTE, Tícia Cassiany Ferro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10302
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Resumo: |
A maternidade na adolescência vem sendo historicamente concebida como problema. Contudo, essa não é a única forma de conceber a maternidade na adolescência, pois alguns estudos sinalizam que as adolescentes enquanto mães se sentem mais valorizadas pela sociedade e família. Assim, parece que a maternidade não está sendo representada de forma hegemônica pelas mulheres contemporâneas ainda que inseridas no mesmo contexto social e é preciso abordar o tema de maneira cuidadosa, independente da fase de desenvolvimento que a mulher esteja. Diante desse panorama, este estudo teve como objetivo apreender as representações sociais da maternidade por mulheres adolescentes com e sem a experiência vivida da maternidade. A amostra foi constituída por 24 adolescentes do sexo feminino da região metropolitana do Recife na faixa etária de 15 a 20 anos, que estavam ou não vivenciando a experiência da maternidade. Para a obtenção dos dados foi utilizado questionário sociodemográfico; debate e entrevista semiestruturada. Como resultado, observou-se que a maioria das adolescentes mães está vivenciando a maternidade em companhia do pai genitor da criança e todas as adolescentes não mães estão solteiras; a maioria das adolescentes mães apresentou evasão escolar, enquanto apenas uma das adolescentes não mães apresentou a evasão; todas se encontram em condição socioeconômica baixa. De acordo com os dados qualitativos, observamos que as adolescentes com a experiência vivida da maternidade, ancoradas em suas experiências vividas têm: concepções claras das características da fase da adolescência; intensificam as consequências da maternidade na adolescência; entendem que a falta de diálogo entre elas e suas mães foi uma das causas da gravidez não planejada; relatam que a relação do casal adolescente passa por mudanças e apresenta aspectos positivos e negativos; obtiveram apoio de suas mães e companheiro não genitor da criança e sugerem prevenção da gravidez na adolescência. De forma diferente, as adolescentes sem a experiência vivida da maternidade não apresentaram claras concepções das características da fase da adolescência; entendem que as adolescentes são culpadas pela gravidez não planejada e não suas mães, mas de forma semelhante também intensificaram as consequências da maternidade na adolescência; trouxeram que a relação do casal adolescente passa por mudanças e apresenta aspectos positivos e negativos; destacam o apoio das mães das adolescentes e além de sugerirem prevenção da gravidez na adolescência, sugerem cuidados para com as crianças. Conclui-se que para ambos os grupos a maternidade na adolescência está objetivada como um erro; a mulher é representada como a responsável pelos cuidados maternos e a mãe da adolescente objetivada como figura responsável pela orientação sexual da filha. Com esta pesquisa, notamos que o fato das adolescentes terem a experiência vivida da maternidade influenciou em suas representações, contudo essas representações não foram diferentes das representações do grupo das adolescentes sem a experiência vivida da maternidade. Entendemos que as representações sociais dos dois grupos estiveram ancoradas em histórias diferentes, mas objetivaram-se da mesma forma. Reforçamos a necessidade de serem desenvolvidos programas de apoio à maternidade e paternidade, de forma que pai e mãe adolescente tenham conhecimento das delimitações de seus papéis e responsabilidade. |