Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
NEVES, Mona Lisa Dourado |
Orientador(a): |
MOMESSO, Luiz Anastácio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3302
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Resumo: |
presente trabalho discute, na fronteira entre os territórios da comunicação, política e teoria social, de que modo e por quais caminhos mudanças culturais profundas estão em curso na Zona da Mata de Pernambuco, abrindo espaço para a constituição de uma nova visão de mundo e reformulação do contexto social. O intuito é mostrar como tais transformações estão relacionadas tanto com o processo de desestruturação da economia sucroalcooleira como, e principalmente, com a articulação do conceito de igualdade de gênero introduzido pelo sindicalismo rural. Não se perde de vista, entretanto, que esse processo não se dá sem contradições, limites e resistências, considerando-se o histórico de relações de subserviência e dominação que se estabeleceram na região, notadamente marcada por uma cultura patriarcal e machista. Assim sendo, este estudo analisa a recepção por parte de trabalhadores e trabalhadoras da Zona da Mata do discurso de igualdade de gênero transmitido pelo sindicalismo rural, partindo de temáticas como divisão sexual do trabalho, sexualidade, violência sexista, religiosidade, entre outros. Busca-se, então, interpretar a construção de significados por esses sujeitos, compreendendo o uso que eles fazem das mensagens emitidas pelo sindicalismo, em meio à interação com as mensagens provenientes de inúmeras outras matrizes discursivas (Igreja, partidos políticos, ONGs, etc.). Simultaneamente, busca-se captar o grau de influência na recepção de elementos culturais presentes no contexto sócio-político-econômico do qual os trabalhadores participam, que contribuem na composição de sua visão de mundo e definição de atitudes e comportamentos. A partir da observação in loco das práticas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e da análise dos seus depoimentos, conclui-se que, entre avanços e recuos, o discurso de igualdade de gênero vai sendo negociado, adaptado e incorporado por mulheres e homens da Zona da Mata, com vistas a modificações na realidade vigente. Evidencia-se, entretanto, que ainda é preciso percorrer uma longa trajetória para tornar as relações de gênero menos desiguais. Até porque, mudanças na organização das relações sociais correspondem sempre a mudanças nas representações de poder. Ademais, nem sempre a consciência de subordinação por parte das mulheres, implica em transformações imediatas, o que não significa que elas não estejam em processo. Os esforços não têm sido em vão, tampouco se podem ignorar as conquistas |